sábado, 24 de dezembro de 2011

Sei de cor o teu cheiro,
e tenho o teu toque ainda presente
em cada parte do meu corpo,
que as tuas mãos de fada percorreram.
Tenho os beijos que nunca me deste
guardados nos meus sonhos.
Tenho o teu olhar gravado
nas constelações do meu céu.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Now it seems like nothing happened, we don't talk to each other, we don't smile to each other, apparently we don't know each other, but when we look at each other our eyes tell a story.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Pra que falar
Se você não quer me ouvir?
Fugir agora não resolve nada.

Mas não vou chorar
Se você quiser partir.
Às vezes a distância ajuda
E essa tempestade
Um dia vai acabar...

Só quero te lembrar
De quando a gente
Andava nas estrelas,
Nas horas lindas
Que passamos juntas.

A gente só queria amar e amar
E hoje eu tenho certeza:
A nossa história não
Termina agora
E essa tempestade
Um dia vai acabar.

Quando a chuva passar,
Quando o tempo abrir,
Abra a janela e veja:
Eu sou o Sol
Eu sou céu e mar;
Eu sou seu e fim
E o meu amor é imensidão.


Um dia vais acreditar em mim, nem que seja a última coisa que eu faça.
Porque eu, eu não acredito que cada vez que um trovão rebenta tu não te lembres de nós sob o tecto de cortiça.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Só porque está frio outra vez e a relva lá fora cheira a molhado.
Nunca tinha estado frio sem ti...
Domingo, 14 de Dezembro de 2008

Queria deixar de sentir que as tuas
palavras me matam a cada instante.
Se agora me achas distante,
não duvides, a culpa é tua.
Aceita que não te soubeste dar,
afinal amar não é coisa simples.
E na simplicidade desse não saber
aceita que as tuas palavras provocam em mim
ataques de fúria que me furam o peito,
fazendo-me romper o chão deste jeito.
Sexta-feira, 28 de Novembro de 2008

Fazes-me falta quando adormeço sem ti. Fazes-me falta quando acordo sem ti. Fazes-me falta quando estou contigo e tu estás distante. Fazes-me falta quando não me tocas, não me beijas e mal me olhas.

Fazes-me falta quando a tristeza me invade. Fazes-me falta quando o cansaço aperta. Fazes-me falta na palma das mãos. Fazes-me falta no calor dos braços.

Fazes-me falta mesmo quando não o digo... E se um dia mais tarde o negar, sou eu, a deixar a falta que tu me fazes, falar.
Sexta-feira, 21 de Novembro de 2008

Eu não sei se me ouves cada vez que solto na noite aquele grito estonteante que pede para voltares. Não sei se haverá alguém capaz de o ouvir... Nem sei se o vento cumpre o prometido e leva até ti este meu pedido.

Não sei se estás bem, se dormes ou pensas em mim, nem mesmo se choras o tanto que eu choro por não te ter perto.

Não sei se me sentes cada vez que penso em ti, com aquela força capaz de me fazer acreditar que estou ao teu lado...

Não sei se acordas bem ou se apenas desejas continuar a dormir. Se os teu sonhos têm cor ou apenas dor.

Não sei porque disfarças que tudo está bem... que tu estás bem! Não sei se é para me protegeres ou para tu própria acreditares nisso.

Não sei se estou a ser pessimista ou apenas realista... Não sei porque é que a vida permite o afastamento de duas pessoas, quando elas já se esqueceram de como é viver uma sem a outra.

Não sei porque chove, apenas sei que chove...

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Isto deixou de ser um conto já faz o seu tempo e ambas sabemos a verdade.
Ambas lutamos para sair fora e sim, conseguimos.
Já não penso em ti, esqueci-me do teu rosto tal como uma criança esquece o porquê da sua birra.
Eu era uma criança embirrava que queria o que tu tinhas para me dar e já não era muito.
Como todos sabem as crianças são fáceis de ser iludidas, e como muitas vezes me chamaste sou extremamente ingénua e prendi-me ao teu brilho, mas esse apagou-se ao longo da tua viajem.
Desculpa os pesadelos, desculpa querer continuar na tua vida , desculpa se o que fui para ti nem para uma amizade chegou.
Agora não interessa. Estou feliz, como há muito não estava e só descobri uma coisa.

Se o amor é infeliz então eu amo-te. Se não, então meu bem, era uma vez...

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Como podes ser tão indiferente?
Não acredito que sintas tudo aquilo que disseste
Eu posso não ser o teu príncipe encantado
Mas não mereço nada disto.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Não sei quando te voltarei a ver ou a ter notícias tuas, mas sabes uma coisa?
Já não me importo, porque guardei-te no meu coração antes de partires.
Numa noite perfeita entre tantas outras, liguei o meu coração ao teu com um fio invisível e troquei uma parte da tua alma com a minha, enquanto dormias.

sábado, 10 de setembro de 2011

A Vila IV



Porque estas pessoas existem mesmo.
A mãe que ganha super-poderes para proteger o filho.
O cobarde que enfrenta os seus medos para salvar os seus amigos.
O eterno apaixonado que arrisca tudo pela felicidade da sua amada.
O melhor amigo que se sacrifica pelo bem de todos.
E o rapaz que entrega a sua própria vida para salvar os outros.
Estes actos de coragem e de bravura não estão apenas limitados estes heróis de uma obra literária.
Não se trata de uma série de livros.
É uma cultura.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

How do you leave the past behind
When it keeps finding ways to get to your heart?
It reaches way down deep and tears you inside out
'Til you're torn apart
O que se passa com a pessoa que escapou, é que se devesse fazer parte da tua vida, teria encontrado o caminho de volta para ti.
Então seguiste em frente, escolheste um caminho diferente.
Ainda bem, concentra-te nele.
Se estiveres sempre a olhar pelo espelho retrovisor, vais perder o desvio onde tens que virar na estrada à tua frente.
E acredita, há sempre muita estrada à frente.

terça-feira, 6 de setembro de 2011



Não, não vás outra vez.
Para quê continuares a perder-te?
Sei que o que te peço
Talvez não faça sentido à primeira.
Perdi-me no teu beijo.
Perdi-me sem querer.
Agora vejo-te ir, sem saberes onde.
Nos teus desasseis anos já passaste por muito
E eu vejo a maneira como olhas para ela,
Apesar de tudo,
E eu vejo a maneira como tu não podes confiar num amigo,
Vejo a maneira como todos te olham e te tocam,
Como se de um objecto se tratasse,
Muitas vezes sem tu quereres.
Nunca gostei dessas pessoas com quem tu te deitas.
Mas eu, vou-me lembrar sempre
Do nosso primeiro toque,
Do nosso primeiro beijo
E da noite em que dormimos entrelaçados sob a chuva.

domingo, 4 de setembro de 2011

Ela tem a auréola e as asas
Escondidas sob os seus olhos
Mas ela é um anjo de certeza
Ela simplesmente não consegue parar de dizer mentiras
Mas é tarde demais para o seu amor
preso numa armadilha
O seu beijo de anjo foi uma piada
E ela não vai voltar

Sim, ela tem uma mente criminosa
Ele tem uma razão para rezar

A sua vida está sob a mira
Ele tem que se aguentar

Agora ele só quer acordar
Sim, só para provar que é um sonho
Porque ela é um anjo com certeza
Mas isso ainda está por provar

sábado, 3 de setembro de 2011

A Vila III

- Eu estou francamente assustada
- Com o que?
- Demasiadas misturas... Demasiadas intimidades.
- Entre o quê?
- De repente, pessoas que não têm nada a ver com o resto do meu mundo tem um mundo com esse resto do meu mundo e eu não faço parte dele.... e esse mundo está a crescer e eu não sei até que ponto isso me ultrapassa
- Eu sei, é assustador. O Júlio está sempre a falar nisso.
- Não te esqueças que eu sou eu e que fui eu. E que não sou burra.
- O quê?
- Estou-te a dizer que já fui eu, a tua... Mesmo que agora não seja igual... Já fui... Para nunca te esqueceres disso.
- Estás doida.
- O que eu quero dizer é que tu devias de ser incondicionalmente meu... E que eu vos conheço a todos e, por isso, sei com o que posso contar. E está tudo a avançar muito depressa e tu vais acabar por ceder.
- És a maior constante na minha vida, és a coisa mais certa, achas que eu ia largar isso assim?
- Não sei, amor. Sei que todo aquele mundo é muito aliciante. Eu já lá estive, lembras-te?
- E é.
- Sim, mas eu tenho medo...
- De quê?
- Desculpa se tenho medo que deixes de gostar de mim! Tens sempre de gostar mais de mim do que de toda a gente, ouviste? Muito mais de mim. Por mais ganzas que te dêem e por mais risos e piadas.
Eu sou tua e tu és meu.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Na rua já cheira a Setembro.
Mas a meia noite não chega da mesma forma.
Sabes que dia é hoje? De certeza que sabes, era sempre o mesmo dia.
Tantos anos depois e ainda consegues ter efeito em mim.
Agora sim, admito-o.
Sei que estás mesmo a chegar, sei que a qualquer momento, basta eu querer, posso
segurar-te nos meus braços.
Mas o meu coração já não bate da mesma forma e as borboletas já não voam mais.
Como depois de uma tempestade, os sentimentos mantêm-se mas com mais calma.
Mas tu estás mesmo a chegar e eu vou-te deixar entrar.
E desta vez meu amor, já não temos mais nada a temer.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Estar entre uma multidão suada, corpo a corpo, gritando em conjunto as palavras cravadas no teu coração, pode dar-te a maior felicidade que tu precisas.
Quando és empurrado para um mar de corpos, em que tu já nem sabes a quem pertence o suor, se a ti se a eles, mal consegues respirar e nesse momento a tua música preferida começa a tocar e tu esqueces-te de tudo: tudo o que importa é a melodia, o ritmo e a batida da música, tudo aquilo que importa é cantar o que te vai na alma e saber que não faz mal gostar tanto de algo desde que seja real para ti.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Este sou eu com outro esgotamento nervoso
A minha pressão caiu, este corpo foi com ela
A memória falha, sinto-me claustrofóbico
Eu grito uma dor silenciosa neste grande nada
Não está aqui ninguém
Diz-me quem está aí
Quem está ai contigo

Não atendo chamadas a não ser que seja a voz dela
Não vejo ninguém a não ser que seja ela
Abro a caixa do correio a toda a hora
Talvez apanhe o carteiro
Eu quero ouvir algumas palavras de amor
Mas não nessa voz disléxica
Não eu não vou desmoronar por ti
Mas não me foi dada outra alternativa

terça-feira, 30 de agosto de 2011

She is the kind of girl who is always smiling and loves to laugh.
If you are falling down, she will be right there to pick you up.
She is the one that always says I'm sorry, even if it's not he fault.
Even if she is feeling like the scum of the earth, she will never let you know.
This is the girl who is afraid of love, because she has already lost so much.

Anyways, she's a lot more worth it than that scumbag you've been chasing.
Just sayin' :)

segunda-feira, 29 de agosto de 2011


Eu estava tão perdido na minha dor
O medo estava a derreter o meu cérebro
Eu estava a contar os dias até à loucura.
Eu tinha medo de me mexer
Medo de me magoar, mais do que alguma vez tinha tido.
Tudo aquilo em que eu acreditava
Tudo pelo qual eu tinha lutado
Estava agora sob os meus pés e o bater do meu coração
Estava tão fraco, ninguém o podia sentir
Tão só que me dava arrepios
As minhas drogas meteram-me na cama, subiram-me à cabeça
E eu não quero depender
Por isso vou ficar com...

Os meus amigos e os meus amigos e o meu carro e os meus amigos
Os meus amigos e as minhas cartas e o meu carro e os meus amigos
Martini até ao fim, jogar bilhar outra vez
Os meus amigos e os meus amigos e o meu carro e os meus amigos
Os meus amigos e as minhas cartas e o meu carro e os meus amigos

Nunca pensei que seria assim
Ninguém me disse que seria assim
Estou impressionado, estou impressionado comigo mesmo
E o meu cérebro e a minha dor
E a minha dor e as minhas veias
Estão a entrega-la à minha saúde
A minha auto-confiança foi quebrada enquanto a minha confiança foi tomada
E deixou-me com uma vida vazia e esta faca
Descansa no meio da minha cama, penso em todas as coisas que ela disse
Fecho os meus olhos e adormeço
Todas estas drogas na minha cabeça, é como se eu já estivesse morto
E eu não quero depender
Por isso vou ficar com

Os meus amigos e os meus amigos e o meu carro e os meus amigos
Os meus amigos e as minhas cartas e o meu carro e os meus amigos
Martini até ao fim, jogar bilhar outra vez
Os meus amigos e os meus amigos e o meu carro e os meus amigos
Os meus amigos e as minhas cartas e o meu carro e os meus amigos

(Mal posso esperar por te ver rastejar)

Já não posso fumar, já não posso beber
Mesmo assim eu faço-o, faço-o outra vez.
Perdi tudo o que tinha, longe da mãe, longe do pai
Agradeço a Deus os meus bons, bons amigos
Mas onde está esse Deus que eu mencionei? Onde está ele agora?
Enquanto eu morro o mais devagar que posso?
Todos os meus planos foram pelo cano
A minha vida não tem objectivo, pergunto a mim mesmo se isto vale a pena
Mas os meus amigos pegaram-me pela mão
Ajudaram-me a levantar
E é por isso que eu amo

Os meus amigos.

domingo, 28 de agosto de 2011

Não, não sou nenhum cabrão.
Apenas passei por algumas coisas,
Apenas vi algumas coisas.
Estive lá, fiz isso.

Sim, mas parece que sou mais frio agora
Mas só porque houve uma altura em que eu me importei
Com alguém que não se importava comigo.

Por isso construí uma parede à minha volta
Não para manter as pessoas do lado de fora
Mas para saber quem tem a coragem e a força para a derrubar.

sábado, 27 de agosto de 2011

On the floor
Facing the things I've done
Here on the floor
Where the years have gathered and run
That's where I'll be
And I find myself on my knees


Begging please
É estranho, sabes?
A maneira como o meu coração já bateu por muita gente depois de ti mas sem nunca acelerar o ritmo.
Tudo isto é muito estranho na verdade.
Estou exausto, estou dorido.
No entanto, como uma droga, não me consigo afastar.
Não me consigo afastar do calor e dos risos.
Do suor, da música, dos jogos.
Do fumo e do álcool.
De nada, sabes?
Como se fosse uma anestesia, basta entrar. Basta entrar que o tempo pára ali.
Isto no entanto não é novidade nenhuma.
É certo e sabido.
Fecham-se as portas, as janelas, os estores.
Perdemo-nos lá durante horas, durante dias.
Tu também te perdias lá, lembras-te?
Costumávamos perder-nos os dois, sozinhos.
Na música e um no outro, muito fácil.
Agora faz mais calor.
Sabias disso?
Faz muito calor e há sempre muito fumo e muito barulho.
Nada como antigamente, claro.
De qualquer das formas, vou continuar a perder-me por lá enquanto tu te tentas encontrar.
Onde quer que seja.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Tu já sabes esta história.
Contei-te a vezes sem conta.
Como antes de tu apareceres eu tinha desprezo à vida e não me importava se alguém me fizesse mal.
Depois de tu apareceres a moeda mostrou a face oposta.
Tinha medo de andar na rua à noite.
Tinha medo porque não queria que tivesses que sofrer a minha perda.
Tinha medo porque eu não te queria perder a ti.
Uma vez fizeste-me prometer que se te acontecesse alguma coisa eu não iria cometer nenhuma loucura.
Eu não respondi.
Agarrei-me ao teu peito a chorar.
E tu choraste também, lembras-te?
Acabei por te perder na mesma.
Não foi que alguém te tenha tirado de mim, simplesmente tu quiseste partir.
E eu voltei a não ter medo de nada.
Já fui destruído muitas vezes.
Muitas vezes tive que apanhar os meus pedaços, sozinho.
Dou por mim sem saber onde estou nem com quem estou.
Acordo no meio do chão, rodeado de estranhos despidos, beatas, cinzas e álcool.
Dou por mim a beijar estranhos na rua e a deixá-los levar-me com eles para sítios onde nunca estive antes.
Podes dizer-me o quão estou errado, podes dizer-me que esta não é a maneira certa de concertar as coisas, mas só eu, que já não tenho mais nada a perder, sei aquilo que preciso para sobreviver ao inferno a que tu me submeteste.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A Vila II

Ainda não a vi.
Passei o dia todo a olhar para casa dela, porque das traseiras da minha casa vê-se a casa dela, apesar do pai dela me ter dito logo de madrugada que ela hoje chegava tarde.
Não me cansei de a procurar, em vão, claro, mas acho que o meu pescoço virava automaticamente em direcção a casa dela.
Afinal, foram anos, nas traseiras da minha casa, a tentar que o olhar dela cruzasse o meu, a tentar que ela me visse como eu a via a ela também.
Ainda vou ficar por cá uns dias, pelo menos até ao final da vindima.
Talvez ainda a veja.
Talvez possamos recomeçar a nossa história de onde tinhamos ficado da última vez.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Homens sensatos dizem: Só os tolos se precipitam
Mas eu não consigo evitar apaixonar-me por ti
Devo ficar?
Seria um pecado
Se eu não conseguir evitar apaixonar-me por ti?
Tal como um rio flui, certamente para o mar,
Querida, é assim que funciona.
Há coisas que estão destinadas a acontecer.
Pega a minha mão
Pega a minha vida inteira também
Pois eu não consigo evitar apaixonar-me por ti,
Eu não consigo evitar apaixonar-me por ti.
Tenho saudades tuas.
Mais do que alguma vez saberás.
Fico horas a olhar para o telemovel à espera que o teu nome apareça no visor.
Verifico o teu Facebook porque tenho saudades de te ver.
Eu não mereço nada destas merdas que tu me fizeste passar.
Eu sou melhor, muito melhor que tu, mas não consigo largar o nosso passado.
Tenho saudades das nossas conversas sem fim, tenho saudades de te ver todas as semanas.
Tenho saudades nossas.
E agora, tu és tudo aquilo que me prometeste que nunca serias.

A Vila I

É tão bom voltar a casa depois de tanto tempo fora!
Fui o primeiro a levantar-me, a gata acordou-me a pedir festinhas ainda os meus irmãos ressonavam.
Bebi um café, fumei um cigarro e pus-me a caminho.
Cheguei à Vila ainda o Sol não tinha nascido, mas os meus pais já lá estavam.
Metemos as mãos à obra, porque como diz o meu avô, a vinha não espera por ninguém.
Na Vila continua tudo calmo e pacato.
A filha da padeira licenciou-se e o homem do restaurante rapou o bigode. A filha da vizinha do lado está mais crescida e os jovens desapareceram quase todos, talvez para a cidade.
A meio da manhã apareceu a minha irmã mais velha, como sempre, chega mais tarde, a mãe ralha mais com ela mas é sempre quem trabalha menos.
De qualquer das formas foi bom estar assim com a minha irmã. Ultimamente temo-nos tratado quase como estranhos.
Mas a Vila tem um ar diferente, sente-se o seu cheiro ao vento, o mesmo de quando eu era pequeno.
E se calhar leva-me a mim e à minha irmã para outros tempos, quando não existia mais nada a não sermos nós e a Vila.
Quanto aos meus irmãos, ficaram a dormir a manhã toda, para não variar, e nem acordaram a tempo do almoço de familia que a minha irmã aproveitou para desabafar comigo sobre o namorado.
Ciúme.
Um veneno para o qual eu não tenho antidoto.
Eu devia ter sabido
Que alguém tão divino
Não poderia ser meu para sempre
Mas com quanta avidez
Esses, esses abutres pairam sobre ti
A tua bondade vê beleza
Em todos eles
Mas eu não posso, não posso acreditar.
Um, idolatrado por todos, paira
Mais intensamente sobre ti.
Eu vejo-o nos seus olhos.
Mas ele não te conhece
Como eu.
Ele nunca te vai perceber
Como eu.
Ele não pode amar-te
Como eu.
Porque eu não posso permiti-lo.
Tu asseguras-me
Do nosso laço, da nossa amizade
Mas o meu coração não ameniza
Tu vês a nossa amizade
Como forte
Mas eu vejo mais.
Eu quero, rogo
e desejo por mais.
Mas tu não o vês.
Se tu soubesses
Como ainda fazes o meu coração bater!
Como os meus olhos ainda procuram os teus!
Um sorriso, e tudo o resto
Empalidece diante da tua luz
Se tu soubesses
Amar-me-ias?
Ou sou eu apenas um pedinte
desejando pisar o teu santuário dourado?
Devo ser cruelmente impedido da minha única consolação?
Será que me atrevo a aspirar ao céu,
quando há tanto tempo que tenho sido condenado
para o inferno?
Só tu sabes.
Só tu podes dizê-lo.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

- Depois de todo este tempo?
- Sempre.
Odeio não ter um plano, sabes bem disso.
Parece que se ao menos tudo estiver encaminhado, posso até nem ser feliz mas ao menos estou a fazer alguma coisa.
Assim sinto-me apenas perdido.
O que posso eu fazer?
Esperar?
Esperar pelo quê?
Tu não voltas pois não?
E será que existe outra pessoa algures para mim?
Tu disseste que havia, lembras-te?
Há muito tempo atrás.
Pediste-me para te deixar porque tu eras uma merda e eu merecia melhor.
Eu disse que não queria saber de nada disso, que não queria mais ninguém, só a ti.
Disseste-me que estava iludido, que quando estivesse com outra pessoa ia sentir as mesmas coisas que sentia contigo.
Sabes que não acreditei na altura, chamaste-me bruto, mas hoje tenho as provas que tinha razão.
E podes continuar a chamar àquilo que sinto obsessão, mas eu juro que tentei ocupar a minha cabeça, eu juro que tentei ocupar o meu corpo.
E consegui.
Foi exaustivo, exaustivo ao ponto de eu não me lembrar de quase nada dos últimos meses, mas consegui.
Mas houve uma coisa que por mais que eu tentasse não consegui ocupar.
O coração.
O espertalhão tem vida própria, e aparentemente ainda não está pronto para livrar-se de ti.
Pobre coitado, eu acho que ele ainda pensa que se se portar bem o suficiente tu vais voltar.
Mas tu não vais voltar, pois não?
Claro que não vais, tens muito mais que fazer agora, estás muito melhor sem mim.
Agora eu, preciso de um plano.
Um empurrãozinho para fora deste buraco e para longe de ti.

sábado, 13 de agosto de 2011

We only said goodbye with words
I died a hundred times
You go baco to her
And I go back to black

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Ser corajoso é amar alguém incondicionalmente sem esperar nada em troca.
Estou cansado desta corrida.
Quem é mais feliz, quem se está a divertir mais, quem tem mais amigos, quem tem amigos mais fixes, quem já esqueceu mais o outro.
A verdade é que eu nem quero ganhar a corrida, e muito menos quero que a ganhes tu.
Gostava apenas de parar, dar-te a mão e voltar para trás.
Para quando todos os passos eram dados em direcção um ao outro e não no sentido oposto.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Olá.
Eu sou um rapaz.
É assim que isto vai acontecer:
Eu vou seduzir-te,
Depois vou desrespeitar-te.
Vou mandar-te mensagens confusas,
Atirar-me às tuas amigas,
Mentir-te.
Depois vou te enganar e fazer-te apaixonar por mim.
Vou fazer-te feliz por uma noite.
Mas depois
Vou ignorar-te completamente.
Vais ser a pessoa a quem eu recorro
Quando precisar de um amigo
Ou quando precisar de confiança.
E sabes qual é a melhor parte?
Não podes fazer nada contra isso
Porque me amas
E tu não me queres perder.
- É impossível. - disse o orgulho.
- É arriscado. - disse a experiência.
- É inútil. - disse a razão.
- Não tens nada a perder. - disse o coração.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Cheguei a casa de madrugada depois de ter passado a noite com outro homem que não vou voltar a ver.
Entrei devagarinho no quarto, por entre a escuridão, deitei-me ao lado dela, beijei-a na testa e adormeci.
De manhã ela sabe o que fiz.
No entanto ama-me ainda mais que no dia anterior.
Nessa noite ela volta a dormir comigo, envolta no meu corpo.
Eu, ela e o filho de outro homem no ventre dela gerado.
Vamos voltar os três.
Apenas para eu a voltar a deixar sozinha na noite vazia e escura.
E o puto, filho de uma noite de paixão desencaminhada e álcool, sem pai.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Engole

Trincaste mais, muito mais do que podias mastigar
Não conseguiste engolir
Não bebé, tu não estás pronta, devagar
Toma o teu tempo para evoluires
Tu não conseguiste engolir
Não bebé, tu não estás pronta, devagar.

Não tenhas medo, este é o teu ano
Vai ficar tudo bem, tu és uma performer
Toma o teu tempo, mas não muito tempo.

Tu não a amavas. Tu só não querias estar sozinha.
Ou talvez, talvez ela fosse boa para o teu ego.
Ou, ou talvez ela te fizesse sentir melhor sobre a tua miserável vida, mas tu não a amavas.
Porque não se destóem as pessoas que se ama.

domingo, 7 de agosto de 2011

Sabes que escrevo sempre da mesma maneira.
Desde o dia em que me conheceste, desde o primeiro texto que leste.
Mas eu não sou escritor.
Escritora era a anterior, escritora é a próxima.
Eu acho que sou músico, pelo menos escrevo músicas.
Mas eu acho que não conheces o meu som, nunca quiseste conhecer.
Nunca ouviste as baladas que te escrevia antes de adormecer.
Mas acho que sou músico.
As miúdas pedem-me para tocar para elas. É fixe, acho eu. Dá pinta.
Agora poemas, textos, isso já não é comigo.
É com elas. Todas elas.
São todas artistas.
Pensam que são artistas.
Estou farto de pintoras, cantoras, escritoras e actrizes.
Artistas torturadas. Com os pulsos e as pernas marcadas.
Uma vez na vida gostava de me apaixonar por uma desportista, ou uma cientista, ou até mesmo uma contabilista.
Alguém com os pés na terra e a cabeça também, isso é que vinha a calhar.
Mas parece que não atraio esse tipo de miúdas.
A verdade é que quando somos dois loucos numa relação estamos destinados a falhar e a bater com a cabeça na parede.
Se calhar é melhor eu dedicar-me à pesca...

sábado, 6 de agosto de 2011

Olhos do papá

Eu digo-te aquilo que tu queres saber
Mas miúdo, ouve com atenção:
As pessoas vão contar-te mentiras
Não deixes que isso te surpreenda.

Aquela mulher está atrás de mim outra vez
Eu sei que ela tem as melhores intenções
Quando tu te começas a aperceber,
Tu sabes que tens os olhos do teu pai.

E há uma coisa que eu te queria dizer.
Eu também a amo.
E nada disto tem a ver contigo.

Mas por outro lado
Quando tiveres idade para perceber
Aquela luva irá trazer tudo à tona
Eu não disse que o faria certo.

Aquela mulher está atrás de mim outra vez
Eu sei que ela tem as melhores intenções
Quando tu te começas a aperceber,
Tu sabes que tens os olhos do teu pai.

Às vezes as pessoas cansam-se.
E eu acordei demasiado tarde para mentir
Os sonhos deviam durar muito tempo
Isto não é aquilo a que eu chamo adeus.

Eu também a amo.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Canção do engate

Tu estás livre e eu estou livre
E há uma noite para passar
Porque não vamos unidos
Porque não vamos ficar
Na aventura dos sentidos

Tu estás só e eu mais só estou
Que tu tens o meu olhar
Tens a minha mão aberta
À espera de se fechar
Nessa tua mão deserta

Vem que o amor
Não é o tempo
Nem é o tempo
Que o faz

Vem que o amor
É o momento
Em que eu me dou
Em que te dás

Tu que buscas companhia
E eu que busco quem quiser
Ser o fim desta energia
Ser um corpo de prazer
Ser o fim de mais um dia

Tu continuas à espera
Do melhor que já não vem
E a esperança foi encontrada
Antes de ti por alguém
E eu sou melhor que nada
Vem que o amor
Não é o tempo
Nem é o tempo
Que o faz

Vem que o amor
É o momento
Em que eu me dou
Em que te dás

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

És um cromo, sabias? Nada mais que isso, um cromo para troca.

"- Já tens este cromo? Não? Então troca."

Não passas disto.
Uma menina troféu, para mostrar aos amigos.
Não tens vergonha de te teres objectificado?
Não digo que tivesses que ser minha para seres respeitada, mas aquilo que fizeste a ti própria é ridículo.
Mas enquanto minha, eras a rainha do mundo. Pelo menos do meu mundo.
Agora, andas de mão em mão, como um cromo para troca.
À espera que ainda alguém não te tenha na caderneta.
Mas sabes que há muitos cromos iguais a ti, pelo menos para eles.
E quando tiverem mais que um, adivinha o que te vai acontecer.
Troca.
Quando tu não passas de um cromo, igual a todos os outros cromos, o que te acontece chama-se troca.
Daí passas para a mão de outro, para outra colecção.
Gostas disso?
De fazer parte de uma colecção?
Ser só mais um cromo?
Se calhar sim, e quem estava enganado era eu.
Ao pensar que em tratar-te como a única mulher no mundo te faria feliz.
Aparentemente, gostas de ser tão suja como uma moeda de troca, de mão em mão, entre os mercadores.
Lavo as minhas mãos de ti.
Afinal por mais que me culpes, eu não tenho culpa de nada do que te aconteceu.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Eu vim aqui para te esquecer

Eu vim aqui a pensar que poderia aliviar a dor
Eu vim, apesar dos bons conselhos dos outros

Eu vim aqui a pensar na doce, doce vingança
Tragam-me um pouco de açúcar, que comecem os jogos

Eu vim aqui para te esquecer


Eu tive um sonho sobre um pássaro selvagem
De penas negras no teu coração picando

Tu alcanças-me e gritas: "Eu preciso do teu amor!"
No entanto, tudo desaba quando eu percebo o teu bluff


Eu preciso do teu amor

Eu comecei a tremer quando me disseste que encontraste alguém novo

Eu vim aqui para te esquecer

E as luzes queimam como querosene
E eu não consigo parar de pensar em nós
Cruzaste os dedos quando me disseste que serias sincera?

Eu vim aqui para te esquecer

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Estou logo atrás de ti
À luz da esperança
Eu vou estar ao teu lado nessa estrada empoeirada
Quando ninguém espera que tu negues
E ninguém aceita as razões pelas quais
Tu te apegas aos jeitos do meu nome

sexta-feira, 29 de julho de 2011

És como um livro interminável.
Eu leio e tu continuas a escrever.
A cada novo capitulo vais-me surpreendendo.
Continuo a ler.
Todos os dias, ano após ano.
Sem nunca chegar a nenhum fim, nenhuma conclusão.
Sem nunca chegar realmente a perceber-te.
É exactamente isso que tu queres não é?
Que eu nunca te perceba.
Que ninguém nunca te perceba.
Gostas de ser um enigma.
Gostas de ser um livro que nunca ninguém leu.
Gostas, porque assim,
Se nunca niguém descobrir realmente quem és,
Nunca ninguém te vai rejeitar.
Mas eu não desisto de te ler.
Porque às vezes, nas entrelinhas
Descubro pedaços de ti que não tencionavas mostrar.
Às vezes, sem tu perceberes,
Entendo-te.
E conheço-te melhor que ninguém.
Existe uma razão pela qual eu disse que seria feliz sozinho.
Não foi por eu pensar que seria feliz sozinho.
Foi por pensar que se eu amasse alguém e depois tudo ruísse, eu poderia não aguentar.
É mais fácil estarmos sozinhos.
E se descobrirmos que precisamos de amor, e não o temos?
E se gostarmos? E se nos apoiarmos nele?
O que é que acontece se moldarmos a nossa vida à volta dele e ele se desmoronar?
Será possível sobreviver a esse tipo de dor?
Perder amor é como falência de orgãos, é como morrer.
A única diferença é: a morte acaba.
Isto, pode durar para sempre.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

"Porque é que ela te largou?"


Não sei.
Agora que penso nisso, não sei.
Aliás, estou farto de pensar, farto de dar voltas à mioleira e não sei.
Tens razão em dizer que não percebes, aquilo que eu e tu passámos foi realmente... bom.
Único, talvez.
Mas é uma experiência que não penso voltar a repetir nunca.
Provaste uma maçã do topo da árvore sem teres que a subir.
Tiveste sorte, nada mais.
Qualquer outro dia, qualquer outro sítio, qualquer outra circunstância e nada do que aconteceu teria sido verdade.
Ainda não me decidi se me arrependo ou não.
É estranho não é?
Sei perfeitamente que também não estavas à espera.
E sei que gostaste, e por isso me perguntaste aquilo.
Agora eu, não sei.
Às vezes chego à conclusão que não sei nada sobre mim próprio, e por isso gosto tanto de estar sozinho.
Acho que me estou a descobrir.
Isso não é estranho pois não?
Quando passamos tanto tempo em casal e de repente nos vemos sozinhos apercebemo-nos que já não sabemos quem somos realmente.
Apanhaste-me desprevenido, foi só isso.
Foi uma noite, nada mais.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Alguma vez amaste alguém?
Ás vezes vem muito rápido, muito fácil.
Tão fácil como a maneira como o cabelo de uma bela rapariga caí sobre os seus ombros.
Ás vezes desaparece tão facilmente.
Acordas uma manhã, as borboletas pararam de voar.
Mas tu quer-lo de volta e queres lutar por ele, queres respirar aquele fogo outra vez.
E por isso gritas.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Saí de casa impestuoso, fodido com os meus pais.
Já não aguentava nem mais um minuto daquilo, de gritos, de nomes, de acusações.
Engoli o resto da cerveja e bati com a porta.
Desci a rua e desliguei o telemóvel, não queria que ninguém me chateasse.
Voltei a ligar o telemóvel, precisava de falar com alguém, precisava de um amigo.
Não está cá ninguém, foram todos de férias, menos a Margarida mas a Margarida é tmn.
Exactamente na altura em que pensei que não tinha um único amigo com quem contar oiço um assobio.
Não me considero vaidoso, mas quando alguém assobia na rua eu olho.
Era a Marta.
Olhei em volta, já tinha andado um bocado e estava mesmo ao pé da casa dela.
Coincidência?

" - O que fazes aqui?
- Cheguei agora da faculdade, e tu?
- Discuti com os meus pais, estava a precisar de apanhar ar.
- Queres dar uma volta?
- Claro."

Há uns tempos que tenho tido várias discussões com Deus. Ele nunca me tinha feito passar por tantas provações em tão pouco tempo.
Mas o Júlio tem razão, tudo acontece por uma razão, e Deus escreve direito por linhas tortas.
Neste caso, forçou-me até eu sair de casa exactamente no momento em que encontraria a Marta na rua.
Ficamos horas a falar. De nada, de música, de teatro, as novidades.
Naquele momento, a Marta foi perfeita.

domingo, 24 de julho de 2011

Ouvi dizer

A cidade está deserta,
E alguém escreveu o teu nome em toda a parte:
Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas.
Em todo o lado essa palavra
Repetida ao expoente da loucura!
Ora amarga! Ora doce!
P'ra nos lembrar que o amor é uma doença,
Quando nele julgamos ver a nossa cura.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Sei que estás aí algures.
Provavelmente a escrever ou a tocar ou a fumar um cigarro à varanda como às vezes eu faço.
Quero que saibas que estou à tua procura. E que estou à tua espera.
Onde quer que estejas.
Eu não sei o teu nome e tu também não sabes o meu. Mas é essa a piada, não é?
Sei que havemos de nos encontrar, algures.
Também sei que estás à minha espera. Sei que pensas tanto em mim como eu em ti, e no entanto se calhar até já nos cruzámos na rua uma ou duas vezes.
E tu não te vais importar que eu fume, nem que tenha uns quilos a mais, nem que às vezes não me apeteça fazer a barba.
E não te vais importar que eu goste tanto de vermelho e que só fale no Benfica ou na minha banda preferida.
E não te vais importar de me ir buscar às tantas ao trabalho, nem te vais importar de estar longe de mim quando for preciso.
E quando tu chegares, não te vais importar com as minhas cicatrizes. Vais percebê-las e amar-me por elas, da mesma maneira que eu vou perceber e curar as tuas.
Quando não conseguires dormir, vais-te deitar no meu peito e eu vou segurar-te até de manhã.
Quando alguém me perguntar por ti eu vou dizer: Não, ela não é perfeita. Mas é minha.
Não sei quanto tempo falta até tudo isto ser verdade, mas não posso desistir de te procurar.
Porque eu sei que estás aí. A olhar o vazio, a imaginar o que eu estou a fazer também.
Não desistas. Eu estou aqui.
Prometo encontrar-te, nem que leve a minha vida toda a fazê-lo.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

V

She calls me baby
Then she won't call me
Says she adores me
And then ignores me
What's the problem?

She keeps her distance
And sits on fences
Puts up resistance
And builds defenses
What's the problem?

You leave me hanging on the line
Everytime you change your mind

First you say you won't
Then you say you will
You keep me hanging on
And we're not moving on
We're standing still
You've got me on my knees
It's killing me
Estou tão cansado.
Olho para trás.
Só passou um mês.
Um mês caramba!
O que é um mês?
Num mês,
Se calhar fodia uma vez
E achava muito.
E agora?
O último mês foi eterno.
Nunca vivi tanto.
Cá fora
Tudo parece estar bem
E no entretanto
Roo-me por dentro.
Como o tempo voa
Sem nós dar-mos por isso.
Sem saber entro
Noutro mundo que não conheço
Pensava já ter atracado
Mas agora que perdi a âncora
Estou apenas naufragado.
Estou tão cansado
Que até a alma me dói
Pois o que tomava como certo
Transformou-se apenas num deserto
E tudo em ti me destrói.

Violet Ghost

Não quero que te assustes com isto que te vou dizer, mas tu fazes-me sentir coisas que já não sentia à muito tempo.
Não consigo dormir, não me sais da cabeça. Os teus olhos, o teu sorriso, as tuas mãos...
Fazes-me sentir como um adolescente outra vez.
Costumava ficar assim acordado a pensar na Marta. E agora é tão estranho, não conseguir dormir outra vez.
Não sei, talvez esteja a apaixonar-me. Ou talvez seja apenas o teu beijo, que me persegue durante a noite, não me deixando dormir até voltar a tê-lo.
Se eu pudesse, os meus lábios não voltariam a apartar-se dos teus.
Deixa-me dormir.
Vem devagarinho, entra nos meus sonhos. Onde tu és minha e eu sou teu.
Envolve-me nos teus braços e encosta-te ao meu peito. Prometo nunca mais te largar.
Mas até esse dia chegar, aqui fico eu, com o olhar no tecto e o coração em ti.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Space Bound

So after two years and six months, it's no longer me that you want
But I love you so much it hurts, never mistreated you once
I poured my heart out to you, let down my guard, swear to God
I blow my brains in your lap, lay here and die in your arms
Drop to my knees and I'm bleeding, I'm tryna stop you from leaving
You won't even listen so fuck it, I'm tryna stop you from breathing.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Paixão

Nunca pensei em conhecer alguém como tu nesta altura da minha vida.
Não pensava em mais nada, senão nela. Não via mais ninguém, senão ela.
Até que tu apareceste, meu príncipe num cavalo branco.
Olhei-te e julguei-te logo. "Não é para mim", pensei.
Mas tudo em ti me encantou. Provaste-me que estava errado, deste-me algo para o qual eu não estava preparado.
Um príncipe.
Perfeito.
Mais que perfeito.
Quando voltaste, nem sabia como agir. Queria que fosse a melhor noite da tua vida, queria que nunca mais me deixasses.
Voltei a julgar-te. Nunca pensei que um príncipe como tu gostasse de alguém como nós.
E tu, meu príncipe perfeito, voltaste a provar-me que estava errado.
E voltaste mais uma vez, no dia mais importante para mim. Estiveste lá para mim, na primeira fila, com os teus olhos lindos a brilhar de orgulho.
E voltaste outra e outra vez, porque tu voltas sempre.
Apesar de eu ainda não confiar em ti, porque eu não confio em príncipes.
Mas promete-me que vais voltar sempre, e eu juro acreditar em ti e eu juro esperar por ti, meu príncipe perfeito.
Pois agora que te encontrei, nada vai voltar a ser o mesmo.

sábado, 25 de junho de 2011

K

Que tal te parece?
O teu cheiro perdura nos meus dedos, misturado com o tabaco.
Os meus lábios procuram os teus, as minhas mãos procuram o teu corpo.
E porque não?
O teu cheiro e o cheiro nauseabundo a álcool enlouquecem-me, e tu, a dois metros de distância, na tua cama deitada.
Então porque pede o meu corpo pelo teu?
Porque anseio o teu toque, o teu beijo?
Porquê?
E porque não?
Se tu talvez o queres tanto quanto eu?
Porque não vou eu aí, apagar o fogo, percorrer-te toda?
E amanhã de manhã, somos de novo eu e tu, amiga. Eu e tu.
Porque não?