segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Odeio não ter um plano, sabes bem disso.
Parece que se ao menos tudo estiver encaminhado, posso até nem ser feliz mas ao menos estou a fazer alguma coisa.
Assim sinto-me apenas perdido.
O que posso eu fazer?
Esperar?
Esperar pelo quê?
Tu não voltas pois não?
E será que existe outra pessoa algures para mim?
Tu disseste que havia, lembras-te?
Há muito tempo atrás.
Pediste-me para te deixar porque tu eras uma merda e eu merecia melhor.
Eu disse que não queria saber de nada disso, que não queria mais ninguém, só a ti.
Disseste-me que estava iludido, que quando estivesse com outra pessoa ia sentir as mesmas coisas que sentia contigo.
Sabes que não acreditei na altura, chamaste-me bruto, mas hoje tenho as provas que tinha razão.
E podes continuar a chamar àquilo que sinto obsessão, mas eu juro que tentei ocupar a minha cabeça, eu juro que tentei ocupar o meu corpo.
E consegui.
Foi exaustivo, exaustivo ao ponto de eu não me lembrar de quase nada dos últimos meses, mas consegui.
Mas houve uma coisa que por mais que eu tentasse não consegui ocupar.
O coração.
O espertalhão tem vida própria, e aparentemente ainda não está pronto para livrar-se de ti.
Pobre coitado, eu acho que ele ainda pensa que se se portar bem o suficiente tu vais voltar.
Mas tu não vais voltar, pois não?
Claro que não vais, tens muito mais que fazer agora, estás muito melhor sem mim.
Agora eu, preciso de um plano.
Um empurrãozinho para fora deste buraco e para longe de ti.

Sem comentários:

Enviar um comentário