terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Memory: sixteen years old. 
There’s this gorgeous 24-year-old woman in our neighborhood and I stare at her all the time. One day she invites me into her car. She asks me if I like to kiss boys, and I tell her I do not like that. Then she says she wants to show me something, and she leans over and kisses me so softly on the lips with her lips and then puts her tongue in my mouth. Wow. She asks me if I want to come over to her house, and then she kisses me again and tells me to relax, to feel it, to let our tongues feel it. She asks my mama if I can spend the night and my mother’s delighted that such a beautiful, successful woman has taken an interest in me. I’m scared and I can’t wait. Her apartment’s fantastic. She’s got it hooked up. It’s the seventies, the beads, the fluffy pillows, the mood lights. I decide right there that I want to be a secretary like her when I grow up. She makes a vodka for herself and then she asks what I want to drink. I say the same as she’s 36 drinking and she says she doesn’t think my mama would like me drinking vodka. I say she probably wouldn’t like me kissing girls either, and the pretty lady makes me a drink. Then she changes into this chocolate satin teddy. She’s so beautiful. I always thought bulldaggers were ugly. I say “You look great,” and she says “So do you.” I say “But I only have this white cotton bra and underpants.” Then she dresses me, slowly, in another satin teddy. It’s lavender like the first soft days of spring. The alcohol has gone to my head and I’m loose and ready. There’s a picture over her bed of a naked Black woman with a huge Afro. She gently and slowly lays me out on the bed and just our bodies rubbing makes me come. Then she does everything to me and my Coochi Snorcher that I always thought was nasty before, and wow. I’m so hot, so wild. She says, “Your vagina, untouched by man, smells so nice, so fresh, wish I could keep it that way forever.” I get crazy wild and then the phone rings and of course it’s my mama. I’m sure she knows; she catches me at everything. I’m breathing so heavy and I try to act normal when I get on the phone and she asks me, “What’s wrong with you, have you been running?” I say “No, Mama, exercising.” Then she tells the beautiful secretary to make sure I’m not around boys and the lady tells her, “Trust me, there’s no boys around here.” Afterwards the gorgeous lady teaches me everything about my Coochi Snorcher. She makes me play with myself in front of her and she teaches me all the different ways to give myself pleasure. She’s very thorough. She tells me to always know how to give myself pleasure so I’ll never need to rely on a man. In the morning I am worried that I’ve become a butch because I’m so in love with her. She laughs, but I never see her again. I realize later she was my surprising, unexpected and politically incorrect salvation. She transformed my sorry-ass Coochi Snorcher and raised it into a kind of heaven. 

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Suponho que não faças ideia do quanto queria ter-te aqui deitada no meu peito, embrulhada pelos meus braços.
Mas o peito e os braços estão lassos, e há tantas razões por que te quis longe. Esqueço-me e vou-me esquecendo porque o desejo de te ter é mais forte que tudo, embora não saiba exactamente porquê.
Se tu não me amas. Se tu não queres que eu faça parte da tua vida. Se não contas comigo. Se não te importas sequer em ver o meu filme preferido ou enviar-me uma mensagem quando sabes perfeitamente que estou à espera e estou preocupada. Se, estando comigo, estás com outros também. Se me mentes tantas vezes sem ter lei.


Catarina
me mentiu
Muitas vezes, sem ter lei,
E todas lhe perdoei
Por uma só que cumpriu.



Qualquer coisa assim, não é? Já dizia o Camões. E dizia também o Fernando, que para ti deixou de ser Nininho. Talvez devesses chamar-lhe Sr. Pessoa.



Ora a minha Vespa, que aliás será vespa mas não é minha,
(...)
A minha pequena Vespa gosta realmente de mim? Porque é que tem esse gosto estranho pelas pessoas de idade?
(...)
E, conforme prometi, vou escrever ao meu Bebezinho para lhe dizer, pelo menos, que ela é muito má, excepto numa coisa, que é na arte de fingir, em que vejo que é mestra.
(...)
Má, má, má, má, má...!!!!! Açoites é que tu precisas.
(...)
Um beijo só durando todo o tempo que ainda o mundo tem que durar, do teu, sempre e muito teu,


Fernando (Nininho)





Convenço-me, ou tento, de que não estou nem nunca estive verdadeiramente apaixonada por ti e que na verdade é tudo manha do Paco. Mas isso também não é muito melhor.

domingo, 16 de outubro de 2016

Se eu tivesse sabido que aquela seria a única noite em que te teria, nunca me teria permitido adormecer.
Não teria comido tanto nem teria perdido tanto tempo a ver se o Benfica perdia. Não teria desperdiçado tanto tempo a escolher a pasta de dentes perfeita ou as bebidas que nunca bebemos.
Se eu tivesse sabido, teria ficado a noite toda acordada, nem que fosse a ver-te a ti dormir. Abraçava-me a ti, não só já ao amanhecer, mas logo, e assim ficaria até o inevitável toque nos apartar, aparentemente para sempre. Agarrar-me-ia a ti, com todas as forças que ainda me restam, na negação do que o futuro, agora passado, nos traria.
Tenho duas fucking dúzias de anos, uns quantos mais que tu, e carrego muitos arrependimentos já. Contigo, arrependo-me apenas dos momentos em que não te aproveitei, dos beijos que não te dei, das vezes que te empurrei quando aquilo que queria era ficar nos teus braços para sempre.
Amo-te, tanto que suspeito nunca mais vir a amar ninguém, embora o tempo já me tenha provado o contrário e a razão não me deixe mais demorar nessas absurdidades.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Meu amor estou aqui sentadinha no teu sofá a escrever-te esta cartinha porque te amo muito. E estou aqui a ponderar como raio é que te vou levar os ovinhos! Quero que saibas que te amo muito e que não sou bruta de prepósito, sou uma besta desde nascença… sou um bichinho do mato. Tu és o contrário, és tão dócil e meiga para mim, só me fazes bem, enquanto eu te trato mal! Mas eu vou mudar este meu feitio de bichinho do mato porque o meu amor não merece ter uma namorada que é bichinho do mato, merece uma namorada meiga e dócil como o bebezinho (tu).
Foste embora nem á 1 hora e já estou cheia de saudades dos teus beijos, acreditas? É bom que acredites porque é mesmo verdade! Agora estou aqui a imaginar se a tua irmã entrasse qual seria a reação ao me ver?! E como tenho uma imaginação muito fértil imaginei ela a entrar mais a Tatiana, realmente o teu amor é muito parvinho… além de bichinho do mato, enfim.
Ainda estou a ponderar na situação dos ovos e está quase na hora de ir ter com a minha bebé, secalhar levo numa tanparware ou lá como se escreve. Mas não sei onde estão…. Acho que vou procurar e depois decido-me.
Vou lá e assim me despeço porque são 18:20 e ainda quero fumar um cigarro antes de ir. Amo-te, não muito, nem tanto…. Porque não existe quantidade que se adeque a tamanho sentimento. 



Para compensar o resto. Se vale a pena? Pelos vistos sim.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Odeio-te.

Não podia deixar passar este sentimento sem o registar. E mesmo que isto não saia exactamente claro ou de acordo com a realidade, se estás a ler isto e tens um animal preto que eu te ofereci então este texto é dirigido a ti.

É a milésima vez que estou a chorar baba e ranho por causa duma merda destas. Se te culpo? Parcialmente talvez. Sei que fui eu que me meti nisto, sei que fui eu que me deixei apaixonar por um bebé que não era meu.
Mas, contudo, no entanto, todavia, (repito-me porque é importante) metes-me nojo, enraiveces-me como nunca nada antes.
Não tens desculpa nenhuma, porque jurar e faltar com a palavra é traição. Eu também já tinha dito isto, não já?
E por muito que eu já soubesse que isto ia acontecer outra vez (da primeira não sabia, porque da primeira não sabia nada) não consigo deixar de me sentir indignada, traída e sobretudo frustrada pela sensação de impotência. Não posso fazer nada, e mesmo que pudesse não seria o mais correcto para ninguém.
Resta-me a mim chorar até esquecer, a eles custará muito menos. E tu, estimo bem que te fodas.

terça-feira, 3 de maio de 2016

Escrita Criativa FLUL - 2016

Ela era uma amiga minha.

Pele branca como a neve
Cabelos negros como breu
Lábios vermelhos como sangue 
E olhos azuis como o céu

Quando nos conhecemos eu tinha catorze anos e ela teria uns quinze ou dezasseis. O pai, há muito falecido, deixou toda a fortuna à sua única filha. Mas o padrasto, esse filho da puta, embebedava-se. Batia na mãe e violava a miúda. Convenceu os tribunais a deixá-lo gerir a herança até ela cumprir os dezoito anos de idade. Era assim que a prendia. A mãe sabia de tudo, mas pelo dinheiro e pelo seu próprio couro, nunca teve coragem para tentar impedi-lo.

Quando nos conhecemos, éramos duas crianças ingénuas, mas não era assim que eu a via. Ela agia de maneira diferente comigo, empinava o nariz fumando o seu cigarro de filtro branco com os pulsos cobertos de marcas e cicatrizes. As minhas não eram visíveis de fora, as dela e toda a dor nela expiravam por todos os poros. Noite após noite, o cabrão adormecia sem saber que eu me esgueirava para o quarto dela. Ela falava como se já tivesse vivido tudo e eu idolatrava-a. Só hoje vejo o quão destruída ela estava. A química entre nós era incontornável, quebrou todas as barreiras lógicas e depois de uma noite em que as palavras foram o meio, cedemos.

Na noite em que dormimos juntas, foi apenas isso que aconteceu. Despimo-nos, partilhámos segredos e cicatrizes. Entrei tanto nela, deixei que ela entrasse tanto em mim até não saber bem onde começava ela e acabava eu. Chegada a manhã, fomos acordadas pela mãe dela. As roupas foram-me atiradas e fui indicada à saída num inglês do interior dos Estados Unidos.

Nessa semana chovia a potes, tanto que ainda hoje as nuvens cinzentas são como a sua presença a pairar sobre mim. Combinámos fugir. Não havia destino, nada mais importava agora que eu tinha encontrado alguém que me entendesse, e ela alguém que a protegesse daquele monstro. Eu prometi nunca mais largá-la. Nessa noite, o relógio parecia parado e o tempo teimava em passar. Os meus olhos pesavam, fechei-os para descansar a vista e quando voltei a abri-los já o sol espreitava timidamente por entre as brechas dos estores. Corri para casa dela mas dei de caras com a casa deserta. Prometeu que no dia do seu décimo oitavo aniversário entraria no primeiro avião para cá e levar-me-ia para o mais longe possível, e eu acreditei.

Chegou finalmente Janeiro. Nessa noite dormi com outra pessoa, alguém real. Pedi-lhe para não voltar mais. Prometi ser eternamente sua mas não podia deixar escapar aquilo que tinha nas mãos. Duas semanas depois encontraram o corpo. Foi junto ao lago, no campus da Universidade, heroína. Deixou um bilhete: E eu amo-te infinitamente, amor, não consegues ver que eu nunca estarei satisfeita?


Toda a sua vida foi marcada por depressão, abuso, autodestruição, confusão mental, crises de identidade, paixões intensas e mal terminadas e uma inocência que só eu conhecia. Lutas internas e externas com um passado que teimava em não passar. Um infinito mundo dentro de uma menina pequena com olhos grandes e um sorriso arrebatador. Nunca ninguém me tinha marcado como ela. Nem mesmo as pessoas reais que por mais que tentem e queiram nunca sentiram na pele aquilo que eu e ela vivemos.

sábado, 16 de abril de 2016

Disseram-me um dia que a cada desgosto amoroso não sofremos o presente, mas sempre o primeiro.
Suponho que seja verdade.
É o meu aniversário hoje, estou sozinha, e estou triste porque não me desejas feliz aniversário (sequer).
Não sei se ainda por ai andas, talvez por aqui passes ocasionalmente quando a curiosidade de saber como estou é mais forte do que o teu orgulho (se bem que, conhecendo-te bem, não acredito que haja algo mais forte que o teu orgulho) ou simplesmente por ser um dia "especial".
Entre aspas porque não tem especialidade nenhuma. Em 1889 nasceu o Charlie Chaplin, em 1927 o Papa Bento XVI, ou o Joseph Ratzinger como eu prefiro chamá-lo, e em 1992 nasci eu. Disseram na televisão que Portugal nasceu também, mas a Internet disse que era mentira, o que é pena.
Em 2016 acontecerão muitas outras coisas, noutros sítios. Aqui nunca acontece nada porque desde que te foste embora que nunca nada acontece, ou pelo menos eu não sinto nada acontecer.
Não sei quanto tempo mais vou conseguir fingir que a vida seguiu em frente depois de ti.

sábado, 2 de abril de 2016

Deixei-te ir, de lagrimas nos olhos.
Vi o teu corpo afastar-se lentamente enquanto me olhavas e murmuravas ao fundo das escadas 'amo-te'.
Desesperadamente, corri para ti e roubei-te ainda um último beijo, depois vi-te desaparecer como uma língua de fogo.
Tinha a certeza que aquele não era o último beijo, mas receei que o próximo pudesse demorar dias, semanas. Temi o pior.
Sabes bem que ninguém consegue destruir o que temos. É forte, é tão forte, fizemo-lo assim para que conseguissemos aguentar em momentos como este. Mas também tão frágil, incapaz de suportar a dor da saudade.
Agora, ainda de lágrimas nos olhos, oiço-te, sinto-te e sei que estás aqui, mesmo sem estares.
Porque um amor tão grande não acaba com uma simples tempestade, nem tão pouco desvanece.
Quero-te sempre mais, não te esqueças.
E assim me despeço, até ao próximo beijo, meu amor.



Já estive aqui. Mas não nem dois meses depois.
Suponho que para ti seja mais fácil virar-me as costas e tentar repor a ordem das coisas. Afinal, eu não valho mesmo a pena. E digo-te isto sem quaisquer segundas intenções.
Nem sei se para mim vale a pena, mas prometi estar do teu lado quando este dia chegasse e, apesar de não o esperar tão cedo, vou estar do teu lado.
O dia acabou e tu não desfizeste a mentira...


Quero-te sempre mais, não te esqueças.
E assim me despeço, até ao próximo beijo, meu amor.









Desculpa Rita, espero que entendas.

terça-feira, 29 de março de 2016

Por esta casa onde eu vivo há duas fucking dúzias de anos já passaram muitos meninos e muitas meninas. Estas paredes já me viram chorar Fredericos, Danieis, Gustávos, Joões, Paulos, Martas, Ritas, Tatianas. Amanhã as minhas paredes despedem-se de mais alguém.
Não sei se me apanhaste, és esperta o suficiente para o fazer, mas duvido que te tenhas dado ao trabalho. Se me estás a ler então já não me apanhas, mas se me vais ler ainda então ficas já a saber.
Não posso fazer isto, estou a enganar-me a mim própria e a adiar o inevitável. Ambas sabemos que isto não vai a lado nenhum, e enquanto para ti está tudo bem, eu sinto que engoli uma garrafa de ácido.
Deixo-me ir outra e outra vez numa mistura inebriante do teu toque e do teu cheiro mas sei, algures nos confins de mim, que é apenas a memória olfactiva que espoleta tudo isto.
Convenço-me, ou tento, de que não estou nem nunca estive verdadeiramente apaixonada por ti e que na verdade é tudo manha do Paco.
Espero que dure até amanhã, que os meus pés não congelem durante a noite e que a minha vagina me perdoe.

sábado, 5 de março de 2016

Cada vez que iniciamos uma nova relação demoramos algum tempo a acostumar-nos, a habituar-mo-nos ao novo toque, ao novo beijo, ao novo cheiro.
Mas desta vez há algo de estranhamente familiar que senti logo a primeira vez que a minha pele tocou na dela: uma familiarização que me indica que estamos simplesmente a pegar onde nos tínhamos deixado apesar de nunca antes nos termos visto.
E como puxada pelo mais poderoso íman de toda a história do universo beijo-a, bebo-a, como se de um hábito antigo se tratasse.
E apesar de todos os travões que lhe tentamos e tentaram colocar, as mãos suadas e o frio na barriga dirigiram-nos nesta direcção absolutamente inegável.
E apesar de algo algures nos confins de nós próprias nos ter eventualmente repelido, facilmente percebemos que era essa exactamente a razão pela qual não deveríamos nunca, nunca mais apartar-nos, fosse como fosse.
E nunca um 'amo-te' me tinha sido tão subtilmente arrancado, leve como um suspiro, tão verdade que nem todas as minhas forças foram capazes de o conter.
Não sei onde é que isto vai finalmente terminar, mas não pude deixar de me atirar de cabeça, tal como ela, pois oportunidades destas só nos são tão naturalmente oferecidas uma vez na vida.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Terrível Bébé:

Gosto das suas cartas, que são meiguinhas, e também gosto de si, que é meiguinha tambem. E é bonbom, e é vespa, e é mel, que é das abelhas e não das vespas, e tudo está certo, e o Bébé deve escrever-me sempre, mesmo que eu não escreva, que é sempre, e eu estou triste, e sou maluco, e ninguem gosta de mim, e tambem porque é que havia de gostar, e isso mesmo, e torna tudo ao principio, e parece-me que ainda lhe telephono hoje, e gostava de lhe dar um beijo na bocca, com exactidão e gulodice e comer-lhe a bocca e comer os beijinhos que tivesse lá escondidos e encostar-me ao seu hombro e escorregar para a ternura dos pombinhos, e pedir-lhe desculpa, e a desculpa ser a fingir, e tornar muitas vezes, e ponto final até recomeçar, e por que é que a Ophelinha gosta de um meliante e de um cevado e de um javardo e de um indivíduo com ventas de contador de gaz e expressão geral de não estar alli mas na pia da casa ao lado, e exactamente, e enfim, e vou acabar porque estou doido, e estive sempre, e é de nascença, que é como quem diz desde que nasci, e eu gostava que a Bébé fosse uma boneca minha, e eu fazia como uma creança, despia-a e o papel acaba aqui mesmo, e isto parece impossível ser escrito por um ente humano, mas é escripto por mim.

Fernando

09/10/1929

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Quizás quizás quizás

I should tell you I'm disaster, I forget how to begin it.

Damn my situation and the games I have to play, with all the things caught in my mind. Damn my education, I can't find the words to say all the things caught in my mind.

I want you to want me, I need you to need me, I'm begging you to beg me, I'd love you to love me.

I don't believe that anybody feels the way I do about you now.

And if I had my suspicions I kept them out of my heart. Just wished I would of known right from the start that you'd be speaking in riddles and you'd never confide, you know I knew we were in trouble.

You will be the death of me.

'Cause baby you're all that I want.

Tell me when will you be mine, tell me quando quando quando. I can't wait a moment more, tell me quando quando quando

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Catarina bem promete…
Eramá! como ela mente!

Catarina é mais fermosa
para mim que a luz do dia;
mas mais fermosa seria,
se não fosse mentirosa.
Hoje a vejo piadosa;
amanhã tão diferente,
que sempre cuido que mente.

Catarina me mentiu
muitas vezes, sem ter lei;
mas todas lhe perdoei
por ûa só que cumpriu.
Se, como me consentiu
falar, o mais me consente,
nunca mais direi que mente.

Má, mentirosa, malvada
dizei: para que mentis?
Prometeis, e não cumpris.
Pois, sem cumprir, tudo é nada.
Não sois bem aconselhada;
que quem promete, se mente,
o que perde não lo sente.

Jurou-me aquela cadela
de vir, pela alma que tinha.
Enganou-me: tem a minha;
dá-lhe pouco de perdê-la.
A vida gasto após ela
porque ma dá, se promete;
mas tira-ma, quando mente.

Tudo vos consentiria
quanto quisésseis fazer,
se esse vosso prometer
fosse por me ter um dia;
todo então me desfaria
convosco; e vós, de contente,
zombaríeis de quem mente.

Prometeu-me ontem de vir,
nunca mais apareceu;
creio que não prometeu
senão só por me mentir.
Faz-me enfim chorar e rir:
rio, quando me promete;
mas choro, quando me mente.

Mas pois folgais de mentir,
prometendo de me ver,
eu vos deixo o prometer,
deixai-me vós o cumprir:
Haveis então de sentir
quanto fica mais contente
o que cumpre que o que mente.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Isto é ridículo.
Tenho praticamente vinte e quatro anos, duas fucking dúzias de anos. E tu ainda começas a escrever a tua idade com um 1.
Certo.
Confesso que estou a ter um pouco de dificuldade em expressar aquilo que sinto por palavras e enquanto é só isso que tu me pedes tudo o resto parece querer saltar-se-me.
Isto é dificil.
Ando para trás e para a frente, sem saber em que direcção é que tu queres verdadeiramente que eu vá.
E estou confusa e estou perdida e isto não faz nenhum sentido porque tu és uma criança e eu sou uma senhora. Certo?
Saltito entre isso e o medo que tenho de me deixar cair outra vez quando ainda nem me levantei da primeira queda, quanto mais da segunda.
But who am I kidding, já estou caidíssima.
Há que tempos que não controlo aquilo que digo nem aquilo que faço, pareço mais miúda do que tu e sinto-me envergonhada por isso.
Faço um esforço tremendo para que não percebas o quanto te quero e a falta que me fazes quando queres brincar comigo e fazer-te de dificil, para que não percebas que estou triste quando me castigas por ter cancelado os nossos planos.
Eu queria brincar e tu pareceste-me um brinquedo divertido, mas viraste o jogo e o brinquedo agora sou eu.
Morro de desejo de te ter nas minhas mãos, de fazer contigo aquilo que na minha cabeça já fizemos imensas vezes. Ao ponto de as canções românticas fazerem finalmente sentido.
Isto é estranho.
Tenho praticamente vinte e quatro anos, duas fucking dúzias de anos. E nunca antes me senti assim.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Ontem dormi na cama onde estivemos juntas pela primeira vez. E a única coisa de que me lembro e que me revém automaticamente à memória foi a maneira como me sentia naquele dia. Uma miúda nervosa e perdidamente apaixonada que a única coisa que queria era dar prazer à sua mulher.
Entre montes de coisas que me ocorria dizer-te hoje, a única que desejo verdadeiramente dizer-te é feliz aniversário.
Desculpa se quebrei a tua confiança, desculpa se não fui tudo aquilo que esperavas que eu fosse, desculpa se te chamei nomes ou se te humilhei.
A verdade é que nunca, nunca, nunca, nunca quis magoar-te ou fazer-te sofrer ou fazer-te pensar por um milésimo de segundo que não és o amor da minha vida, dona da minha alma.
Vivo zangada contigo por me virares as costas, mas vivo ainda mais zangada comigo por não saber fazer-te voltar. E hei de viver a minha vida toda e hei de pensar em ti todos os dias e falar de ti todos os dias, porque o faço, é verdade. E digo coisas bonitas de ti, acredites ou não.
E hei de comparar todas as mulheres que tenha e com quem durma a ti. É verdade, é o que eu faço.
Não terei tempo suficiente de vida para que os anos apaguem aquilo que eu sinto por ti.
Os dias passam, os meses passam, os anos passam. Faz hoje 7 anos que vivi o dia mais feliz da minha vida, acreditas? Se me dessem uma máquina do tempo ou uma lâmpada mágica ou um poço dos desejos, era a esse dia que voltava. E fazia tudo outra vez, mas desta vez garantia que nunca te faria sentir menos do que aquilo que és para mim.
Entre as mil e uma coisas que poderia dizer-te hoje, entre as milhares de coisas que penso dizer-te ao longo do ano inteiro, há uma que prevalece, ano após ano, todos os dias, consciente ou inconscientemente: Eu amo-te.
I love you still,
Against my will

domingo, 24 de janeiro de 2016

Sometimes I turn around and catch the smell of you and I cannot go on I cannot fucking go on without expressing this terrible so fucking awful physical aching fucking longing I have for you. And I cannot believe that I can feel this for you and you feel nothing. Do you feel nothing?

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Tomei a decisão de fazer algo, de ir a algum lado.
Não há mais ninguém no meu quarto a não ser eu.
A Carolina disse. Aqui não há mais ninguém, aqui não vai acontecer nada. E eu sou muito boa, a Carolina disse. E eu tenho de ir a algum lado, fazer alguma coisa. Sim, foi o que a Carolina disse.
É verdade e eu não percebo como é que demorei tanto tempo até perceber.
Medo? Medo de quê? De quem?
Tiraram-me a rede de segurança mas eu vou saltar na mesma. Senão fico aqui, sozinha. E isso não pode ser. A Carolina disse que isso não pode ser.
Mas tenho, tenho medo. Não sei bem do quê, não sei bem de quem. A Carolina diz que eu sei. E até sei, mas não sei bem o quê.
Não sei porque é que isto foi tudo assim, sinceramente, não sei. My 15 year old self ia estar muito chateada com esta merda toda. Mas chega, a culpa não foi minha. Não fui menos do que podia ter sido, não dei menos do que podia ter dado. Se alguém não ficou satisfeito, well too fucking bad.
4 línguas e 3 instrumentos. Não é isso, disse a Carolina.
Mas é qualquer coisa, eu sei que sim. É um grande coração de ouro, com buraquinhos, mas sara. Se não sara hoje sara amanhã.
Só sei que não mereço, nem nunca mereci nada desta ingratidão.
Eu disse, Shakespeare disse:
Seja! Então que a tua sinceridade seja o teu dote. Abdico de todo o meu carinho, e doravante, hás de ser para sempre uma estranha ao meu coração e a mim. Encontre eu paz no túmulo como aqui lhe retiro o coração. Que esse orgulho a que ela chama franqueza case com ela! Que todas as vinganças acumuladas nos céus se abatam sobre a sua cabeça ingrata! Ingratidão! É como se a boca mordesse a mão que a alimenta! Melhor seria que nunca tivesses nascido!
E a Luciana disse para eu repetir, e eu chorei, e chorei e disse: Melhor seria que nunca tivesses nascido!
É.
Era suposto eu perdoar, mas não faço ideia como. Não sei como se perdoa uma coisa destas, simplesmente não sei.
Dizem que o estado mais profundo do inferno, destinado aos mais ímpios traidores, não é quente mas sim gelado.
E agora?