domingo, 29 de julho de 2012


E isto explica a "cara de orgulho" que a tua melhor amiga disse que eu tinha estampada.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Parabéns.
Se estás a ler isto quer dizer que deste comigo.
Admiro a tua persistência e determinação (ou será curiosidade?) e sobretudo a tua perícia em ouvir-nos e apanhar as pistas certas sabendo desviar-te das erróneas.
No entanto isto é mais um aviso do que outra coisa qualquer.
Eu e tu nunca trabalhámos numa base sólida. O mais pequeno deslize e afastava-te de mim durante meses.
Pois o que encontrarás aqui não são deslizes mas sim tudo aquilo que nunca te quis dizer directamente para evitar perder-te de vez.
Assim meto a bola de novo nas tuas mãos (como sempre fiz e saberás se continuares a ler): Lê(-me), se te atreveres.

sábado, 21 de julho de 2012

I'll cover you

Esqueço-me do quanto custou conquistar-te ao início.
Digo, não que eu (me) tenha (es)forçado, mas parecia tão distante que tudo o que fiz foi desinteressado, não por o ser mas por achar que não tinha hipóteses de alguma vez chegar a ti.
Visto de fora admito que possa ser estranho, eu e tu. Gostava de um dia poder realmente entender o que alguém de fora vê: a miúda mais bonita, mais popular da escola e a desajeitada e irreverente pretensa rebelde.
Ora, hoje a escola e todo esse universo estão tão distantes que às vezes parece impossível relembrá-los com exactidão. E a mim nada mais me importa senão ter-te ao meu lado, não a rainha do baile nem a presidente da Associação de Estudantes mas sim a minha melhor amiga, a única pessoa capaz de me ler, entender e aceitar incondicionalmente.
E não gosto disto. Não por estares longe, já estiveste longe tantas vezes e nunca se perdeu nada. Simplesmente não gosto de te colocar nas mãos se alguém que me demonstrou não ser, de longe, de confiança.
No final a escolha é (sempre) tua e eu só espero estar errada.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Não peças desculpas, deixa as coisas como estão. Eu tenho vinte e oito anos e teria agora que contactar a não-sei-quantas de há sete anos atrás para lhe pedir desculpa, ela não foi o meu primeiro amor e certamente a minha namorada actual não será a última. Não que eu tenha amado ou ame alguma delas.
O mundo gira, é impossível passar pela vida sem chatear algumas pessoas portanto habitua-te a isso.
Para perceber a cabeça de uma mulher tens que perceber os tampos da sanita. Quando se pede a uma mulher para deixar o tampo da sanita para cima, na cabeça dela isso significa deixa-o para baixo. Elas não o fazem por maldade é simplesmente algo que não conseguem compreender, mas quando uma mulher diz para não a contactares outra vez ela está a falar a sério.

Apaguei a carta de amor que te escrevi.
Porque apesar de tu mereceres saber a verdade, lembrei-me que eu mereço muito, muito mais do que tu.
Meu entranhado amor, morte que é vida,
tua palavra escrita em vão espero
e penso, com a flor que se emurchece
que se vivo sem mim quero perder-te.

O ar é imortal. A pedra inerte
nem a sombra conhece nem a evita.
Coração interior não necessita
do mel gelado que a lua derrama.

Porém eu te suportei. Rasguei-me as veias,
sobre a tua cintura, tigre e pomba,
em duelo de mordidas e açucenas.

Enche minha loucura de palavras
ou deixa-me viver na minha calma
e para sempre escura noite d'alma.

As tuas palavras

terça-feira, 17 de julho de 2012

Cavalo Negro VII ou Nas Sombras V

Um tiro. O portão abriu-se. Os cascos dos cavalos começaram a ecoar ao longo da pista, qual trovão.
– Lá vão eles!
– Que dia maravilhoso para as corridas! Acreditam que é a primeira vez que venho aqui?
– Chhh – sibilou Sofia.
– Um dia lindo, um desporto maravilhoso – disse Viviana com secura.
– É pena o nosso cavalo não correr tão bem como aquelas poldras, não é, Sofia? Em que lugar irá acabar a puro-sangue Lucinda?
– Eu disse chhh – murmurou Sofia. – Cala essa boca. Isto está cheio de espiões.
– Estás paranóica.
– Sou a última.
Costumavam ser muitas mais – um grupo de mortais, imortais e algumas eternas como a própria Sofia, um eixo de conhecimento, paixão e fé com um único objectivo: devolver o mundo ao seu estado anterior à Queda, àquele breve e glorioso momento anterior à Queda dos anjos, para o melhor e para o pior.
Estava escrito no código que tinham elaborado e assinado: Para o melhor e para o pior.
– A tua hora chegou ao fim – disse-lhe a voz ao ouvido. – Não te atrevas a pôr-te no meu caminho.
Na pista ouviu -se outro tiro e o grande portão abriu-se de novo, só que daquela vez o som dos cascos parecia minúsculo, parecia uma chuva fininha a cair na copa de umas árvores. Antes que os cavalos atravessassem a linha de meta, a figura atrás deles desapareceu, deixando apenas as marcas negras de uns cascos nas pranchas da bancada.

domingo, 15 de julho de 2012

Cavalo Negro VI

- Amo-te diante dos outros porque abomino a máscara e porque já ta consegui arrancar.
- Porque sou eu tão fraca?
- Amo-te.
- Cuspo-te.

sábado, 14 de julho de 2012

Cavalo Negro V




Las manos de mi cariño
Te están bordando una capa
Con agremán de alheilies
Y con esclavina de agua

Cuando fuiste novia mia
Por la primavera blanca
Los cascos de tu caballo
Cuatro sollozos de prata

La luna es un pozo chico
Las flores no valen nada
Lo que valen son tus brazos
Cuando de noche me abrazan

Lo que valen son tus brazos
Cuando de noche me abrazan

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Cavalo Negro IV

- Amor.
- Quando o senhor diz amor eu espanto-me.
- Espanta-se de quê?
- Vejo uma paisagem de areia reflectida num espelho embaciado.
- E que mais?
- Que nunca mais acaba de amanhecer.
- É possível.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Cavalo Negro III

Como sempre falei cedo demais.
A culpa é minha, tens razão, fui eu que olhei para ti primeiro e fui eu que falei contigo primeiro mas tens que admitir que a força que sempre te impeliu para mim nos momentos como este é tão inegável quanto para mim foi difícil deixar-te subir o palco sem te beijar, sem te abraçar e sem se quer te dar a mão suada e trémula.
Obrigada por não me largares e por ainda me fazeres sentir segura nos teus braços.


Isto é uma despedida mas não é de todo um adeus, é um até já.
Nunca vou desistir de ti nem de nós, e por favor entende-me, com isto quero dizer a nossa relação especial.
Quando sentires a minha falta, vem tu procurar-me por favor, eu vou gostar.
Espero que entendas a minha distância.
Com muito amor, Nádia.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Cavalo Negro II

Hoje é mais um dia de turbilhões emocionais.
Como já deixaste claro, não somos namoradas tanto quanto não somos amigas ou se quer colegas.
Hoje sento-me do lado do público, juntamente com as outras celebridades e pessoas de influência.
E vós, O Público, em cima do palco, são hoje as vedetas.
Não tenciono falar-te nem sequer olhar para ti. Tu assim o quiseste.
A única coisa que te desejo é muita merda.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Três Tristes Touros

O Touro é um animal esquisito
Corre, tempestuoso
Contra muros e sebes
E impulsivamente fervoroso
Escorna as paredes
Não que me importasse ou se quer notasse ao inicio
Mas ao fim de tantas marradas
Fiquei cansada de touradas

Leãozinho

Tanto um como o outro gostam de mandar e, por vezes, lutam pelo poder com todas as suas forças. É bom que o Carneiro ceda a liderança ao Leão, pois para com este é muito mais difícil ficar em segundo lugar. Trata-se de uma união fascinante recheada de muitas tempestades sentimentais e fases de paixão ardente. Eles tanto se podem amar apaixonadamente como virem a odiar-se com todo o ímpeto dos seus corações embora o rancor não exista entre eles, pelo que se se zangarem rapidamente fazem as pazes. O Carneiro sendo um aventureiro, é um triunfador nato que não teme nada nem ninguém, mas tem um coração de manteiga, ainda que goste de competir para atingir os seus objectivos. O Leão não precisa de competir, pois sendo o rei, acha que está acima de todos os outros, e o Carneiro terá de reconhecer isso. O Leão é orgulhoso, vaidoso e por vezes é capaz de ferir o Carneiro que, pouco paciente, reagirá com veemência. Por fim o Leão, que apesar de tudo é muito generoso, acabará por o acarinhar e mimar.

Desculpa. Amanhã sou toda tua outra vez.

domingo, 8 de julho de 2012

... pairam cheiros diversos na atmosfera pesada, um deles que facilmente identificam, que sem o que a isto cheira não são possíveis milagres como o que desta vez se espera, porque a outra, e tão falada, incorpórea fecundação, foi uma vez sem exemplo, só para que se ficasse a saber que Deus, quando quer, não precisa de homens, embora não possa dispensar-se de mulheres.

sábado, 7 de julho de 2012

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a.olhar para a vida, perdera o sentido da vida.

(...)

Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira! ...

O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Wonderwall


Não posso dizer que nunca tinha pensado nisso. Na verdade estive este tempo todo a evitar pensá-lo.
Entre toda a tua e a minha timidez, demos voltas e voltas e terminámos aqui.
Se encontrámos o amor da nossa vida? Não sei, mas ainda não descartei essa hipótese.


There are many things that I would like to say to you
But I don't know how