domingo, 8 de dezembro de 2013

Quanto somos novos sonhamos em saltar do ninho.
Queremos ter uma casa só nossa, onde ninguém nos diga o que fazer, onde ninguém grite connosco e onde ninguém nos incomode quando queremos estar sozinhos.
Queremos ter dinheiro próprio para comprar tudo aquilo que não nos deixaram comprar. Um novo par de sapatos, o telemóvel mais recente e mesmo aquela segunda sobremesa.
Queremos não ter que dar satisfações a ninguém. Queremos não ter horas para chegar a casa. Queremos que ninguém nos ligue milhões de vezes só para saber onde estamos.
Queremos independência.
Mas quando esse dia chega é inevitável sentir o frio nos pés e pensar se está realmente na altura.
O salto é adiável, mas incontornável.
Escolhemos ignorar os medos e saltar na mesma, na esperança que as asas se abram e porra, sejam magnificas!

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Chove chuva
Chove sem parar
Chove chuva
Chove sem parar

Pois eu vou fazer uma prece
Prá Deus, nosso Senhor
Prá chuva parar
De molhar o meu divino amor

Que é muito lindo
É mais que o infinito
É puro e belo
Inocente como a flôr

Por favor, chuva ruim
Não molhe mais
O meu amor assim

domingo, 17 de novembro de 2013

I was bored :)

1. Would you have sex with the last person you text messaged?
Yes.
2. You talked to an ex today, correct?
Tried to.
3. Have you taken someones virginity?
I think so.
4. Is trust a big issue for you?
Yes.
5. Did you hang out with the person you like recently?
Yes.
6. What are you excited for?
Going to Paris.
7. What happened tonight?
Nothing.
8. Do you think it’s disgusting when girls get really wasted?
Yes.
9. Is confidence cute?
Yes.
10. What is the last beverage you had?
Ice Tea.
11. How many people of the opposite sex do you fully trust?
None.
12. Do you own a pair of skinny jeans?
Yes.
13. What are you gonna do Saturday night?
This.
14. What are you going to spend money on next?
A coat or a pair of shoes, don't know yet.
15. Are you going out with the last person you kissed?
Yes.
16. Do you think you’ll change in the next 3 months?
Yes.
17. Who do you feel most comfortable talking to about anything?
My girlfriend.
18. The last time you felt broken?
All the time.
19. Have you had sex today?
No.
20. Are you starting to realize anything?
Yes.
21. Are you in a good mood?
Not really.
22. Would you ever want to swim with sharks?
No.
23. Are your eyes the same color as your dad’s?
Yes.
24. What do you want right this second?
The pain to stop.
25. What would you say if the person you love/like kissed another girl/boy?
Depends on the girl/boy.
26. Is your current hair color your natural hair color?
No.
27. Would you be able to date someone who doesn’t make you laugh?
No.
28. What was the last thing that made you laugh?
TV.
29. Do you really, truly miss someone right now?
With all my heart.
30. Does everyone deserve a second chance?
Yes.
31. Honestly, do you hate the last boy you were talking to?
No.
32. Does the person you have feelings for right now, know you do?
Definitly.
33. Are you one of those people who never drinks soda?
Unfortunatly, no.
34. Listening to?
The computer fan.
35. Do you ever write in pencil anymore?
Yes.
36. Do you know where the last person you kissed is?
Yes.
37. Do you believe in love at first sight?
No.
38. Who did you last call?
My girlfriend.
39. Who was the last person you danced with?
My girlfriend.
40. Why did you kiss the last person you kissed?
Because I love her.
41. When was the last time you ate a cupcake?
I have no idea (yey diet!)
42. Did you hug/kiss one of your parents today?
Yes.
43. Ever embarrass yourself in front of a crush?
Yes.
44. Do you tan in the nude?
No.
45. If you could, would you take back your last kiss?
No.
46. Did you talk to someone until you fell asleep last night?
No.
47. Who was the last person to call you?
My girlfriend.
48. Do you sing in the shower?
Yes.
49. Do you dance in the car?
No.
50. Ever used a bow and arrow?
Yes.
51. Last time you got a portrait taken by a photographer?
A couple of years ago.
52. Do you think musicals are cheesy?
Absolutly not, they're awesome!
53. Is Christmas stressful?
Every year.
54. Ever eat a pierogi?
I have no idea what that is.
55. Favorite type of fruit pie?
Raspberries.
56. Occupations you wanted to be when you were a kid?
A doctor or a judge.
57. Do you believe in ghosts?
No, not in ghosts.
58. Ever have a Deja-vu feeling?
Yes.
59. Take a vitamin daily?
No.
60. Wear slippers?
No.
61. Wear a bath robe?
No.
62. What do you wear to bed?
Pajamas.
63. First concert?
No idea, can't remember.
64. Wal-Mart, Target or Kmart?
I don't know.
65. Nike or Adidas?
Adidas.
66. Cheetos Or Fritos?
Cheetos.
67. Peanuts or Sunflower seeds?
Sunflower seeds.
68. Favorite Taylor Swift song?
Crazier.
69. Ever take dance lessons?
Yes, but I definitly need more!
70. Is there a profession you picture your future spouse doing?
Maybe a writer or a singer, but definitly not an actress.
71. Can you curl your tongue?
Yes.
72. Ever won a spelling bee?
No, but I'd win them all!
73. Have you ever cried because you were so happy?
I might've.
74. What is your favorite book?
Maybe Hunger Games.
75. Do you study better with or without music?
Without.
76. Regularly burn incense?
No.
77. Ever been in love?
Definitly.
78. Who would you like to see in concert?
System Of a Down.
79. What was the last concert you saw?
I think it was The Killers.
80. Hot tea or cold tea?
Cold tea.
81. Tea or coffee?
Tea.
82. Favorite type of cookie?
I don't really like cookies.
83. Can you swim well?
I don't drown, so that's pretty good.
84. Can you hold your breath without holding your nose?
Yes.
85. Are you patient?
God no!
86. DJ or band, at a wedding?
My band.
87. Ever won a contest?
Yes.
88. Ever have plastic surgery?
No.
89. Which are better black or green olives?
Black.
90. Opinions on sex before marriage?
As long as everyone is there on time, fine by me.
91. Best room for a fireplace?
The living room.
92. Do you want to get married?
Are you kidding me? I have already planned my whole wedding!

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Nos últimos tempos tenho visto os meus amigos partir, um por um, em busca de uma vida melhor.
E agora chegou a minha vez.
Estaria a mentir se dissesse que já nada me prende aqui, mas confesso que o que me custa deixar cá é o motivo pelo qual vou.
É complicado aos vinte e poucos anos sair de casa e tentarmos a nossa sorte, mas sei que cá restam poucos trunfos para jogar e temo que a minha mão não tenha sido a melhor.
Hoje, coincidentemente, deu o episódio do Sexo e a Cidade em Paris que estranhamente sempre pareci ignorar durante dez anos.
Enfim, sem mais pesar no meus discurso, despeço-me de todos os que lerem isto com os meus sentimentos mais sinceros e espero de todos uma visita na minha Mansão Fantasma.

sábado, 12 de outubro de 2013

A questão é esta.
Tu não me contares sobre a tua vida, tudo bem.
Doeu sabe-lo por outras pessoas, mas as coisas são assim mesmo.
Aposto que também ouviste coisas sobre mim que te magoaram, assumindo que ainda te importo.
A vida continua.
Contudo, o que nós temos é especial.
E é a única razão pela qual eu estou aqui a dirigir-me a ti.
Agora, o que me faz ficar zangada é tu ignorares esse facto.
Não se trata de eu não ser suficiente, nem de tu seres uma puta gorda.
Não é algo que possamos controlar.
Não é algo que eu queira, é simplesmente algo que não consigo continuar a ignorar.
É sobre o facto de sermos feitas uma para a outra.
Literalmente.
E eu sei que tu sentes o mesmo, não estarias a ler isto se não o sentisses.
Portanto vamos deixar-nos de merdas e esquecer as pessoas com quem estivemos e as coisas más que fizemos uma à outra. Não tenho tempo para isso.
Ou então podemos continuar a fingir que esta coisa entre nós não existe e continuar as nossas vidas sabendo que abrimos mão daquilo que toda a gente procura.
A escolha é tua, amor.

domingo, 29 de setembro de 2013

La tierra te duele, la tierra te da
En medio del alma cuando tú no estás
La tierra te empuja de raíz y cal
La tierra suspira si no te ve más

sábado, 28 de setembro de 2013

Não te lembras, não te consegues lembrar como era antes de se conhecerem. Algures perdido em ti próprio deambulando de nada em nada à procura de ti mesmo.
No desnorte nervoso da juventude, esfrangalhado em ideias e ideiais enquanto os amigos enrolavam qualquer coisa para fumares e ficares dormente, inerte nos teus pensamentos.
Mas, depois, pensaste conhecer o amor e a distância do mundo esbateu-se, começaste a ser a pele, começaste a ser corpo, começaste a ser gente.
E sentias tudo, todo o tempo. E dominavas tudo, todo o espaço. Agora pensas dizer adeus e voltar ao princípio mas está tudo ao contrário.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

E eu quero brincar às escondidas contigo e dar-te as minhas roupas e dizer que gosto dos teus sapatos e sentar-me nos degraus enquanto tu tomas banho e massajar o teu pescoço e beijar-te os pés e segurar na tua mão e ir comer uma refeição e não me importar se tu comes a minha comida e falar sobre o dia e passar à máquina as tuas cartas e carregar as tuas caixas e rir da tua paranóia e dar-te cassetes que tu não ouves e ver filmes óptimos, ver filmes horríveis e queixar-me da rádio e tirar-te fotografias a dormir e levantar-me para te ir buscar café e brioches e folhados e ir beber café à meia-noite e tu a roubares-me os cigarros e a nunca conseguir achar sequer um fósforo e falar-te sobre o programa de televisão que vi na noite anterior e levar-te ao oftalmologista e não rir das tuas piadas e querer-te de manhã mas deixar-te dormir um bocado e beijar-te as costas e tocar na tua pele e dizer quanto gosto do teu cabelo, dos teus olhos, dos teus lábios, do teu pescoço, dos teus peitos, do teu rabo, do teu…
E sentar-me nos degraus a fumar até o teu vizinho chegar a casa e se sentar nos degraus a fumar até chegares a casa e preocupar-me quando estás atrasada e ficar surpreendida quando chegas cedo e dar-te girassóis e ir à tua festa e dançar até ficar toda negra e pedir desculpa quando estou errada e ficar feliz quando me desculpas e olhar para as tuas fotografias e desejar ter-te conhecido desde sempre e ouvir a tua voz no meu ouvido e sentir a tua pele na minha pele e ficar assustada quando estás zangada e um dos teus olhos vermelho e o outro azul e o teu cabelo para a esquerda e o teu rosto para oriente e dizer-te que és lindíssima e abraçar-te quando estás ansiosa e amparar-te quando estás magoada e querer-te quando te cheiro e ofender-te quando te toco e choramingar quando estou ao pé de ti e choramingar quando não estou e babar-me para o teu peito e cobrir-te à noite e ficar frio quando me tiras o cobertor e quente quando não o fazes e derreter-me quando sorris e desintegrar-me quando te ris e não compreender por que é que pensas que eu te estou a deixar quando eu não te estou a deixar e pensar como é que tu podes achar que eu alguma vez te podia deixar e pensar em quem tu és mas aceitar-te na mesma e contar-te sobre o rapaz da floresta encantada de árvores anjo que voou por cima do oceano porque te amava e escrever-te poemas e pensar por que é que tu não acreditas em mim e ter um sentimento tão profundo que para ele não existem palavras e querer comprar-te um gatinho do qual teria ciúmes porque teria mais atenção que eu e atrasar-te na cama quando tens de ir e chorar como um bebé quando finalmente vais e ver-me livre das baratas e comprar-te prendas que tu não queres e levá-las de volta outra vez e pedir-te em casamento e tu dizeres não outra vez mas eu continuar a pedir-te porque embora tu penses que eu não estou a falar a sério eu estou mesmo a falar a sério desde a primeira vez que te pedi e vaguear pela cidade pensando que ela está vazia sem ti e querer aquilo que queres e achar que me estou a perder mas saber que estou segura contigo e contar-te o pior que há em mim e tentar dar-te o meu melhor porque não mereces menos e responder às tuas perguntas quando deveria não o fazer e dizer-te a verdade quando na verdade não o quero e tentar ser honesto porque sei que preferes assim e pensar que acabou tudo mas ficar agarrada a apenas mais dez minutos antes de me atirares para fora da tua vida e esquecer-me de quem sou e tentar chegar mais perto de ti porque é maravilhoso aprender a conhecer-te e vale bem o esforço e fazer amor contigo às três da manhã e de alguma maneira de alguma maneira, de alguma maneira transmitir algum do esmagador, imortal, irresistível, incondicional, abrangente, preenchedor, desafiante, contínuo e infindável amor que tenho por ti.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

We were five. You had a plaid dress and your hair...it was in two braids instead of one. My father pointed you out while we were waiting to line up. He said, 'See that little girl? I wanted to marry her mother, but she ran off with a coal miner.' And I said, 'A coal miner? Why did she want a coal miner if she could've had you?' And he said, 'Because when he sings...even the birds stop to listen.' So that day, in music assembly, the teacher asked who knew the valley song. Your hand shot right up in the air. She put you up on a stool and had you sing it for us. And I swear, ever bird outside the windows fell silent. And right when your song ended, I knew -just like your mother- I was a goner. 

Lembro-me vagamente de uma história qualquer sobre a tua avó a lavar roupa e o teu avô a ouvir cantar e apaixonar-se.
E também eu sei de cor cada pormenor do momento em que me apaixonei pela tua voz. And right when your song ended, I knew -just like your grandfather - I was a goner.

domingo, 22 de setembro de 2013

Tenho esta promessa que fiz a mim própria e sei que é isso que me impede de seguir em frente com todas as células do meu corpo.
Por vezes a vida leva-me a esquecê-la, mas rápido como o verão vem e vai, eu lembro-me de todas as promessas que fiz. Do sangue com que jurei, da alma que entreguei.
Tudo o que faço tem (ou deveria ter) uma finalidade. Cumprir a promessa.
Então quando o sol se põe e não há mais ninguém na minha cama a não ser eu, eu lembro-me.
E pesa tanto a consciência que as lágrimas escorrem incessantemente sem que eu possa sequer precisar o porquê.
Já nem sei porque motivos quero cumprir a promessa.
Se porque quero, se porque acho que é o correcto, se porque quero fazer valer a minha palavra, se porque não quero simplesmente sentir esta culpa corroer-me mais.
Tudo o que eu faço tem uma finalidade.
É só que eu às vezes esqueço-me qual é.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

I knew that
If I ever broke her heart,
It was not because I
Could not love her,
But because I had been
Damaged
And
Being in love
Is so damn terrifying
When your
Bones have already
Been thorn.


domingo, 14 de julho de 2013

Siempre que te pregunto
Que cuándo cómo y dónde
Tú siempre me respondes
Quizás, quizás, quizás

A sí pasan los días
Y yo desesperado
Y tú, tú contestando
Quizás, quizás, quizás

Estás perdiendo el tiempo
Pensando, pensando
Por lo que más tú quieras
Hasta cuando, hasta cuando

Y así pasan los días
Y yo desesperado
Y tú, tú contestando
Quizás, quizás, quizás

quinta-feira, 11 de julho de 2013

In my mind, when she's not right there beside me
I go crazy cause here isn't where I wanna be
And satisfaction feels like a distant memory
And I can't help myself,
All I wanna hear her say is "Are you mine?"
 
Well, are you mine?

sábado, 22 de junho de 2013

Só tu, meu bem, me arrebatas
A vontade, o pensamento
Vivo de ver-te e de amar-te,
E detesto o fingimento


Vai sempre avante a paixão,
Buscando seu doce fim
Os amantes são assim:
Todos fogem à razão


Um tímido pudor activos fogos
Contrariava em vão, em vão retinha
Ignotos medos, sôfregos desejos
Suspensa e curiosa, eu esperava
 

Por entre a chuva de mortais peloiros
A nua fronte enriquecer de loiros
Eu procuro, eu desejo,
Para teus mimos desfrutar sem pejo,
Pois quem deste esplendor se não guarnece,
Não é digno de ti, não te merece


Dos homens ignoras
A índole errante?
Quem é muito amado
Não é muito amante


Amor em sendo ditoso
Costuma ser imprudente,
E nos gestos de quem ama
Logo o vê quem o não sente.
 


Meus pensamentos se apuram,
Apuram-se os meus desejos
No ténue filtro celeste
De teus espontâneos beijos.
 

Ó Céus! Que sinto n'alma! Que tormento!
Que repentino frenesi me anseia
Que veneno a ferver de veia em veia
Me gasta a vida, me desfaz o alento

Tal era, doce amada, o meu lamento
Eis que esse deus, que em prantos se recreia,
Me diz: "A que se expõe quem não receia 
Contemplar Ursulina um só momento!

Insano! Eu bem te vi dentre a luz pura
De seus olhos travessos, e cum tiro
Puni tua sacrílega loucura:

De morte, por piedade hoje te firo
Vai pois, vai merecer na sepultura
À tua linda ingrata algum suspiro."

terça-feira, 11 de junho de 2013

Já com ténue clarão, já quase escura
A nocturna Diana o céu volteia,
sobre o Tejo azul, que mal prateia,
Vai duplicando a trémula figura:

Aura subtil nas árvores murmura,
No lago adormecido a rã vozeia,
Mocho importuno agouros mil semeia,
Dentre as umbrosas moitas da espessura:

Letárgico vapor Morfeu derrama,
Com que insinua um doce desalento
No livre coração de quem não ama:

Triste de mim! Se repousar intento
Os olhos me abre Amor, Amor me inflama,
E Anália me persegue o pensamento.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

"Os sonhos com ela são bizarros mas sinto-me mais viva do durante os apáticos penosos dias no teatro.
É longe, tão longe. Ela está tão longe. Tão longe que nem um avião contruído com a licensa serve para lá chegar.
Eu tento fazer chegar a ela os meus pensamentos quando para ambas anoitece, tal como ela invade os meus, noite após noite.
De dia, sou uma louca anestesiada que procura e encontra os seu rosto por entre a multidão. Apenas para a noite de novo me relembrar da sua indefenida ausência e da incontável distância que nos separa.
Hoje, como tantas outras vezes, é o lado esquerdo que escolho, mas as minhas mãos pedem o corpo que aqui pertence.
Naquele último abraço, deixei-a ir mais cedo do que aquilo que achei precisar.
Sabendo o que agora sei, ela ainda estaria aqui."

Escrevi isto ontem antes de saber as notícias que o dia de hoje trazia.
Paris está cada vez mais distante e eu não pareço importar-me. Temos assuntos pendentes para tratar e serão resolvidos onde as questões foram primeiramente colocadas: aos poeirentos pés do senhor Flores.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Liar! Liar, Liar, Liar! You’ve all got your heads up your assholes because love is. It just is and nothing you can say can make it go away because it is the point of why we are here, it is the highest point and once you are up there, looking down on everyone else, you’re there forever. Because if you move, right, you fall. You fall.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Love is patient, love is kind and is not jealous; love does not brag and is not arrogant, does not act unbecomingly; love does not seek its own, love is not provoked, does not take into account a wrong suffered, does not rejoice in unrighteousness, but rejoices with the truth; love bears all things, believes all things, hopes all things, endures all things.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Da pérfida Gertrúria o juramento
Parece-me que estou inda escutando,
E que inda ao som da voz suave e brando
Encolhe as asas, de encantado, o vento.

No vasto, infatigável pensamento
Os mimos da perjura estou notando...
Eis Amor, eis as Graças festejando
Dos ternos votos o feliz momento.

Mas, Ah!...Da minha rápida alegria
Para que acendes mais as vivas cores,
Lisonjeiro pincel da fantasia?

Basta, cega paixão, loucos amores;
Esqueçam-se os prazeres de algum dia,
Tão belos, tão duráveis como as flores.


Manuel Maria Du Bocage

domingo, 5 de maio de 2013


A enfermidade descuida sempre dos deveres a que a saúde nos obriga. Não somos nós próprios se a natureza oprimida ordena ao espírito que sofra com o corpo. Terei paciência. Fui precipitada julgando que estava em perfeito equilíbrio uma mulher indisposta e doente. Não te repreenderei. Deixemos que a desgraça venha quando vier, eu não a chamo. Não pedirei ao raio que te fulmine. Não contarei histórias a teu respeito ao Juiz supremo, Júpiter. Emenda-te quando puderes, sê melhor à tua vontade. Eu posso ser paciente. Pensais que vou chorar? Não, não chorarei. Tenho todas as razões para chorar mas este coração despedaçar-se-á em cem mil pedaços antes que as minhas lágrimas vertam.
Oh, meu pobre coração! Coração que me queres saltar, calma! Tu apenas me recordas da minha própria impressão. Seja! Então que a tua sinceridade seja o teu dote. Abdico de todo o meu carinho, e doravante, hás de ser para sempre uma estranha ao meu coração e a mim. Encontre eu paz no túmulo como aqui lhe retiro o coração. Que esse orgulho a que ela chama franqueza case com ela! Que todas as vinganças acumuladas nos céus se abatam sobre a sua cabeça ingrata! Ingratidão! É como se a boca mordesse a mão que a alimenta! Melhor seria que nunca tivesses nascido!
Envergonho-me que tenhas o poder de assim abalares o meu ânimo. Que estas lágrimas escaldantes que a força me são arrancadas te façam digna delas! Velhos olhos tontos, se de novo chorardes por isto, eu arranco-vos e lanço-vos com a água que verteis para amolecer o barro!
Ouve natureza, ouve, deusa querida, escuta! Suspende os teus desígnios se tencionavas tornar fecunda esta criatura. Que o seu ventre se torne estéril! Que sequem os seus órgãos de fecundidade! Que do seu corpo degenerado jamais nasça uma criança para a honrar! Mas se jamais ela conceber, gera o fruto do seu ventre com fel, para que seja perverso e cruel e que seja para ela causa de inquietação e tormento. Que esculpa rugas na sua jovem fronte e faça brotar lágrimas que sulquem o seu rosto! Que todos os deveres e cuidados da maternidade se tornem para ela em motivo de escárnio e desprezo para que possa sentir na sua carne como é mais dilacerante do que um dente de serpente ter um filho ingrato!
Estes pensamentos levar-me-ão à loucura! Oh Lear, Lear, Lear! Bate a esse portão que deixou entrar a loucura e sair o juízo valioso. Não me deixes ficar louca, louca, oh doce céu! Mantém-me a razão, eu não quero ficar louca!
As roupas esfarrapadas deixam ver os vícios. As togas e os casacos de peles tudo escondem. Revestem os pecados de ouro e a poderosa lança da justiça quebra-se sem os atingir; se os revestirdes de farrapos a palha de um pigmeu os traspassa.
Fingiam concordar com tudo o que eu dizia. Diziam-me que eu era tudo; é mentira, eu não sou à prova de febre. A sua voz sempre foi tão doce, suave e grave, uma coisa excelente numa mulher. Nunca mais voltarás! Nunca, nunca, nunca, nunca! Vedes isto? Olhai para ela, olhai! Os seus lábios! Olhai! Olhai!

terça-feira, 2 de abril de 2013





Ouve toda. Dei voltas e voltas e não sei dizer nada. Ai diz tudo.
E diz ao menino que o pai lhe deseja um feliz aniversário.

quinta-feira, 14 de março de 2013

JS XIV

- What are you thinking?
- I'm thinking that I'm very happy.
- You are?
- Yeah. And I can't believe that I'm so happy, while he hurts so much.
- Well, you deserve to be happy.
- You know, I have my, um, journals and my computer... And I was wondering if I could bring them here 'cause they wouldn't take up a lot of space.
- You wanna bring them here?
- Yes. I feel like I should be writing right now.
- I would feel honored.
- I think I could...
- You should move here.
- Really? 'Cause it's beautiful the way your - the light is coming in through the windows and... I feel very inspired.
- You do?
- I do.
- Yes, you could, um... you could write on the desk...
- Yes.
- ... and looking over at the canals,
- Yes.
- You could write great works of literature that would go down history.
- Yes.
- Don't you wish there was a parallel universe?
- Parallel universe?
- Yeah. Where we could live out this... fantasy.
- You would love to?
- You'll find that your life is richer, more full of possibilities and choices. I've opened up your world.
- Fuck you.

quarta-feira, 13 de março de 2013

JS XIII

Jenny sits at her laptop, writing. As she writes, we hear her voice - and her voice in another tone that's deeper and more calm. The two voices overlap each other, echoing. 
- Jennifer I... am not too sure of who I am because there are several of me. They float up from me like phantoms. And slink off to commit acts for which I may or may not be responsible. Jennifer Diane Schecter is not at all sure whether any of this happened, or whether it was simply a tale as told to JDS, by JD, after a poem by J. I, JDS, Jennifer Schecter JDS have so many selves.

Jennifer
Jen
JD
JDS
a/k/a Sarah Schuster

- Jennifer. Jen. JD. JDS. Sarah Schuster. I don't know where I begin. Or if I end. Or if I end.

terça-feira, 12 de março de 2013

Eu tenho um melhor amigo.
Somos mais do que aquilo a que comummente se chama unha com carne.
Somos mais que irmãos de sangue, somos irmãos de espírito. Espíritos irmãos. Inseparáveis, aconteça o que acontecer.
Eu e o meu melhor amigo temos um hobbie.
Gostamos de raparigas de um certo signo. Elas costumam gostar de nós também. Não de mim, nem dele. De nós. Os dois. Juntos.
São coisas diferentes que as atraem. Ele é divertido e espontâneo, eu sou inteligente e tímida.
Mas os dois, juntos, é como uma dupla imparável. Sempre foi.
Ele fascina-as de uma maneira inexplicável e eu mantenho as coisas interessantes.
Há entre nós uma ligação metafísica que as deixa deslumbradas e que as faz querer ser assim, querer ter aquilo que nós temos.
O jogo é este.
Hoje, eu e o meu melhor amigo vamos estrear um brinquedo novo.
Óptimo, estava a precisar da diversão.

JS XII

Jenny walks up to the bus stop. Somewhere in the distance, we hear a car alarm and cats fighting. Finally the bus pulls up. Jenny gets on. She walks down the aisle, and stops when she sees a little girl sitting alone - it's her younger self. She smiles down at her.
- Hi.
We see short, confusing flashbacks of Jenny's rape. A young girl is thrown to the ground; a hand covers a mouth. We hear muffled screaming. Jenny sits down next to her younger self. Flashbacks of teenaged boys standing in a forest. One of them wears a t-shirt with a bizarre face of a laughing clown on it. Jenny holds her younger self, crying. Flashbacks. Three teenaged boys hold the girl down in the dirt. Jenny kisses her younger self on the head, and pets her hair. Flashbacks. We see wet feet running on wet pavement. Jenny holds her younger self, petting her hair. Flashback to young Jenny, standing alone in the woods, her clothes dirty and torn. Muffled screams and whooping are heard as one of the teenaged boys runs off in the background.

segunda-feira, 11 de março de 2013

JS XI

- Why are you - why are you doing this?
- Because, when I'm in there, it's my fucking choice when I take off my top and I wanna show my breasts. And it's my fucking choice when I take off my pants and I show my pussy, and then I stop when I wanna stop and it makes me feel good because I'm in charge, and it helps me remember all this childhood shit that happens to me. You know, like, I have to. It's important. Do you remember what happened to you as a child that makes you not wanna..
-  Jenny, what - what do you mean?
- No, seriously, no, no, no, just hear me out. Do you remember the shit that happened to you as a child that makes you not wanna trust people as an adult?
- Yeah, I probably do.
- Well, then, you're fucking lucky.
- I don't know how that makes me so lucky.
- Because you're lucky, because you're... you can get on with your fucking life and you're not dogged down by these horrible, oppressive childhood memories, and you know, you stand a chance of being a normal, productive person.
- Well, do you know what happened to you?
- I don't know. You know, like, I remember things, and then, like, I think... "Is this true? Did this stuff really happen, or am I making it up?" Because, you know, the older I get, things - the memory sort of becomes a little blurry, and then, it's like, I can't... I don't know, but... you just don't know the truth anymore.

domingo, 10 de março de 2013

JS X

An ultra-bright light beats down on Jenny as she's on stage, half-naked. Mobs of men surround the stage. They shout, cheer, and beat the stage like animals. She takes off her bra and whips it at the crowd and they shout for more. Interspersed with shots of the crowd are instantaneous clips of other things, like tiny flashbacks: the drawings of shouting men; a boy in a clown t-shirt, angry at a little girl; many-armed Carmen and a fire juggler from the big top reverie; children running; young Jenny looking around; Jenny at the carnival, sitting in the duck shoot booth. Jenny pulls down her pants. The men in the crowd go wild, shouting maniacally and beating the stage with their fists. Jenny throws her pants into the audience. Wet running feet on rain-soaked pavement; young Jenny and companion shooting at older Jenny at the duck shoot booth; older Jenny bleeding at the duck shoot booth. Jenny pulls down her stockings. Drawing of the little girl, naked, looking sad; Jenny in the big top wearing clown makeup. Jenny touches herself in front of the mob, then pulls her underwear down. The men shout, cheer, and go wild. Older Jenny running away from the duck shoot booth; older Jenny looking at the blood stain on her sweater. Jenny stands on the stage with her arms out to her sides. She puts her head back, closes her eyes, and rests her hands on top.

sábado, 9 de março de 2013

JS IX

- Jennifer, I don't - I don't understand, here. Are you trying to punish me?
- No...
- I'm grateful. To you. You did a good job with me. And I'm not trying to punish you.
- Is this because of what happened when you were a little girl? Is that why you turned out this way?
- Why didn't you protect me?
- Oh... there... there was nothing I could do to change... what happened.
- I know - Mom, but you could have comforted me, you could've told me that it wasn't my fault.
- Oh, I'm so sorry. I'm sorry.
- Thank you.
- Thank you for what?
- Because. It's the first time that you've ever acknowledged what happened to me.

sexta-feira, 8 de março de 2013

JS VIII

- What the hell do you think you're doing? How dare you treat us this way, after we opened our home to you. How dare you bring a man back into this house!
- I would never do that, Warren.
- Get out of here.
- That's what I'm doing, Warren, just give me a couple of minutes.
- Now. I want you out now.
- Actually... You've wanted me out of this house from the moment I set foot in here. What is it, Warren? Am I too fucked up for you? Am I too perverted? Look at me. Do I remind you of how messy and out of control your life is? Warren? I'm just... not the girl you wanted me to be.
- Jennifer, stop.
- No, you stop. When are you gonna start... being... an actual person? And not this silent slave to this man.
- Don't you dare disrespect your mother.
- That's a privilege that's reserved for you.
-  I - don't know what more we can do.
- Nothing. There's nothing more you can do for me to make me the person that you are comfortable with. Because I'm not gonna marry that nice Jewish boy. Not gonna have those nice Jewish kids. I'm not gonna shut up. And be subservient. I'm not gonna set the dinner table and pretend that bad things don't happen. Because when you don't talk about them, they getworse, Warren. Let's go.

quinta-feira, 7 de março de 2013

JS VII

- I wanna wait until my parents are asleep, when I get my stuff, because I don't want to start a thing with them tonight.
- You mean, like a teenage runaway?
- Yes. 'Cause my mom still puts me in that place, you know? I don't think it's gonna take me more than, I don't know, 20 minutes to pack because I didn't bring a lot of stuff because I didn't think I'd be here for six months.
- I been planning on going to L.A.
- Are you thinking about having sex with me right now?
- It's crossed my mind. Who did that to you?
- I did it to myself.

quarta-feira, 6 de março de 2013

JS VI

- Mom?
- Hello, darling.
- Now, we've really got to hurry, here. We've got one hour until sundown. So... here, can you take that in, and put that up there? And then I'm gonna get you to get the china down. Your
father wants everyone to go to shul. He says this is your last dinner here in Skokie.
- I had my last therapy session with Dr. Peretz today.
- You know your
father's invited the Cranes for dinner. Marshall's back from MIT. He's gonna be at shul.
- You know what would be really awesome, if you could please ask my step-father to stop setting me up with guys. Especially Marshall Crane.
- And what's wrong with Marshall? He's a mathematical genius.
- Nothing. Except for the fact that he's a man, and I -
- Don't start, Jenny. We all know you were sick.
- That's not part of my "sickness".
- Oh! And is that what Dr. Peretz has been telling you?
- Dr. Peretz doesn't have a problem with my sexual orientation, mom.
- Well, uh, then I have to tell you that I think Dr. Peretz is as sick as you are.

terça-feira, 5 de março de 2013

JS V

- Excellent. Well, your story, if you really want to know...
- Yes. I do.
- I thought was utter bullshit from beginning to end. I mean, beautifully written... you always write exquisitely, but... swans?
- They mate for life.
- Sure, and they have brains the size of ping-pong balls. I mean, where's your edge, Jennifer? Where's your nihilistic passion? Where's the girl that masturbated in church? I mean... "And he would've died for her, and she would've died for him." What's that about?
- It's about fucking commitment, you know.
- Really.
- Yes.
- Well, it reads like spackle. Now, I know you're marrying the coach, but if this is meant as a wedding present, I'd keep it between you and him. Because you're more complex than this. What did you think, just then? Where did you go?
- Nowhere.
- You're obfuscating.
- Nothing.
- Listen, Jennifer. Commitment is dreary. It's not your thing. You have to... dig deeper. (leans back) Tell me something interesting.
- I've been doing these really terrible things.
Há uma grande diferença entre não querer e não poder.
Sempre soube que não sabia dançar, a perna mais curta deixava-me em falta. Mas sempre pensei: um dia, quando eu quiser mesmo, vou fechar os olhos, ouvir o ritmo, e não vou desistir até acertar. Entretanto, recusava que os outros me vissem dançar, inventava passos tolos para distrair. Toda a gente dança, diziam. Mas eu não.
E a perna curta encurtou, e a coluna entortou, e as costelas atrofiaram. E dói. Simplesmente dói. Dói e continua a doer, dia após dia, mais e mais.
E eu não danço, nem nunca vou poder dançar. E isso dói ainda mais.
Porque de que me serve tocar piano e falar francês se eu só queria poder dançar?

segunda-feira, 4 de março de 2013

JS IV

- Why would... Why would you do that? Are you trying to hurt me?
- How did I hurt you, Jenny?
- Because you told someone. Everybody knows.
- Some people guessed from the way you were behaving.
- Listen. I can't hurt him. Okay?
- I understand.
- I don't know what to do. Everytime I look at you, I feel so completely dismantled.

domingo, 3 de março de 2013

JS III

Every time I think everything’s going really well.. I mean, I try really hard.. It all fucks up. And I think that maybe I’m just one of those people that.. doesn’t deserve to be happy.

sábado, 2 de março de 2013

JS II

I'm sitting in the chair writhing in agony. A demon, a minor demon, is pinning me there, fucking with my head.
- Abraxas. 

He says.
- I'm Abraxas the demon of lies and deceit. So, what do you want to know about lies my dear?
I’m not a liar, I try again to get up, this time I’m flayed, splayed. I feel myself screaming.
- I will tell you about lies. There are white lies and black lies, and many shades of grey lies, but some lies are justified. Lies told out of kindness, lies that preserve dignity, lies that spare pain. Everyone’s a liar dear. Look at them. She is about to tell her lover something patently untrue. Look at their gestures, see how they touch each other too intimately, how they avert their eyes and cover their mouths. They lick their teeth and hold their chins. They embellish their stories with far too much detail.”

sexta-feira, 1 de março de 2013

JS I

For you, my heart, ripped from my chest. Eviscerated, I am. And if I could, I would plunge my fingers through my chest and rip out my heart and give it to you. A pulpy mass of morbid diathesis. In addition to my heart, there are some small organs that want to give you: glands, sweetbreads, variety meats. I'm offering these gifts. Rare gifts. I know that they don't amount to much in the face of what you've given me. I've heard these organs can't survive outside the body for more than a few hours. But I'll try to get there as soon as I can. Whatever happens, it will be on me. On my heart.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

- La peau c'est la même pour tous les corps.
- Pas mal, non... Et comment arrivez-vous à cette philosophie ?
- J'éteins la lumière.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Ainda assim o fizeste.
Em breve terás a resposta.
Só espero que o orgulho, a que ela chama franqueza, não a impeça de a ouvir.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

- Vê bem, tiozinho. Quem me dera ter dois barretes e duas filhas.
- Porquê meu rapaz?
- Se lhes desse todos os meus bens, ficaria com os meus barretes. Aqui está o meu. Pede outro às tuas filhas.
- Tem tento na língua, lembra-te do chicote.
- Mas que parentesco existe entre ti e as tuas filhas? Elas mandam-me chicotear por dizer a verdade; tu, por mentir, e às vezes sou chicoteado por ficar calado. Gostava de ser outra coisa em vez de bobo, mas não gostava de ser tu, tiozinho.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Trovoada do inferno, larga-me da mão que não tenho tempo para pensar nisso!

PS: Obrigada pela ideia.
If you let me lick the skin of your fingers
I'll try to lick your skin 'till your bones
How far are you
Willing to go?

What used to be inside me was love
But now there's nothing
But this pain in my chest
That it seems to get softer
With sex

And after,
After I do it
I wanna do it again

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Até ao próximo beijo...

Deixei-te ir, de lagrimas nos olhos.
Vi o teu corpo afastar-se lentamente enquanto me olhavas e murmuravas ao fundo das escadas 'amo-te'.
Desesperadamente, corri para ti e roubei-te ainda um último beijo, depois vi-te desaparecer como uma língua de fogo.
Tinha a certeza que aquele não era o último beijo, mas receei que o próximo pudesse demorar dias, semanas. Temi o pior.
Sabes bem que ninguém consegue destruir o que temos. É forte, é tão forte, fizemo-lo assim para que conseguissemos aguentar em momentos como este. Mas também tão frágil, incapaz de suportar a dor da saudade.
Agora, ainda de lágrimas nos olhos, oiço-te, sinto-te e sei que estás aqui, mesmo sem estares.
Porque um amor tão grande não acaba com uma simples tempestade, nem tão pouco desvanece.
Quero-te sempre mais, não te esqueças.
E assim me despeço, até ao próximo beijo,
meu amor.


in Merry-Go-Round

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Porque ficaste assim?
Eras tão boazinha, tão boazinha
Já te quis para mim
Tu mudaste do nada,
Achas que evoluíste, oh mas caíste,
Estás tão errada!
Tem mas é atenção
Porque tudo o que fazes e quem tu trazes
É pura ilusão!

És ridícula
Por tudo o que agora fazes
Estás revoltada, de cara marcada,
E sentes saudades
És ridícula
Mas só o vais perceber
Dentro de alguns anos, após muitos abanos,
Vais-te arrepender.

Kiki kiwi <3
- Tenho a impressão que ficaste de falar comigo.... Mas é só a impressão - e eu aprendi, naquele ano em que já não estavas na escola, que as impressões são muito, mas muito, subjectivas e erróneas! - por isso vem-ma tirar!
- Não percebi nada! Mas não aconteceu nada, era só uma impressão. Mas achei que devia perguntar antes se quer de isso me passar pela cabeça, porque se eu depois ficasse interessada e tu te importasses, já era tarde de mais. Foi só um pelo sim pelo não.
- Eu sabia, amor... Mas espero que não tenhas... Espera... Vou dizer de outra maneira: Se não percebeste não dês a perceber que não percebeste àquele que percebeu, percebeste? Compreendeste?

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

A vida tem muitas maneiras de testar a vontade de uma pessoa; ou fazendo com que não aconteça nada, ou fazendo com que tudo aconteça ao mesmo tempo.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

- Essas pessoas não sabem o que é o amor!
- E tu sabes?
- Sim.
- Ah é? Então é o quê?
- Amor és tu.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

sábado, 9 de fevereiro de 2013

I can't do the talk like they talk on the TV
And I can't do a love song like the way it's meant to be
I can't do everything but I'd do anything for you
I can't do anything except being in love with you

Sou estranha, se calhar sou pouco. Mas tudo o que sou é teu.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Hoje em dia, uma princesa é a Kate Middleton, uma matrioshka é uma boneca russa, um bombom é um chocolate, Mo é uma cidade na Noruega, um bolito é um pastel de nata, um bôbô é um relógio brasileiro e um baubau, bem, sou eu.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013



Que amor não me engana
Com a sua brandura 
Se da antiga chama 
Mal vive a amargura 
Duma mancha negra 
Duma pedra fria 
Que amor não se entrega 
Na noite vazia 
E as vozes embarcam 
Num silêncio aflito 
Quanto mais se apartam 
Mais se ouve o seu grito

domingo, 3 de fevereiro de 2013

As coincidências não existem. É um conceito humano. É parte da observação da ocorrência de um acto aleatório. Uma vez que nenhum aviso nos é dado quando não acontece nada, ou seja, a anti-coincidência, logo, o número de observações de coincidências é estranhamente tendencioso.
Não existe tal coisa como a sorte, se por sorte se quer dizer que a probabilidade estatística de uma ocorrência é de alguma forma interrompida por uma força mágica em algum momento.
Se por sorte se quer dizer que nalgum momento, os eventos que são estatisticamente raros podem um dia vir a acontecer, sim, há sorte. É matematicamente inevitável.
O que eu quero afinal dizer é que não sei se estas coincidências são ocorrências aleatórias coincidentes ou actos deliberadamente planeados. Digo, por mais que tenhamos quebrado os laços, há todo o meio espiritual inexplicável ao qual nenhum nome foi ainda unanimemente atribuído que parece atrair os sentidos das nossas almas apesar de nós procurarmos repelir os mesmos sentidos.
E esta é a parte em que entra a sorte, embora se diga que tal como os relâmpagos, a mesma sorte só nos atinge uma vez.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013


Too late, my time has come
Sends shivers down my spine
Body's aching all the time
Goodbye everybody - I've got to go
Gotta leave you all behind and face the truth

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

não me lembro da última vez que vi a minha vida cheia de luz. mentira. lembro-me. não estava sóbria. mas lembro-me daquela sensação tão apaziguadora que senti. tudo fazia sentido, mesmo sem ter plena consciência de como. a maneira como a luz do sol torna o céu azul decadente, como a brisa fazia as folhas das árvores se agitarem umas contra as outras provocando o som, e na minha cabeça era como se estivessem a cantar, o ar que se tornava lentamente mais frio com a subida do anoitecer, como eu sentia que tinha tudo bem ali à minha volta, o verão, o vento, um canto escondido, o odor agradável da relva seca, o barulho dos insectos que reclamam do calor, tu. nada daquilo teria sido igual se tu não estivesses ali. a minha vida estava cheia de luz. não dizíamos nada. as nossas almas reproduziam um canto maravilhoso, lúcido de amor.

Ou seja, o mesmo que dizer fode-te, puta. Tens razão, mas não to digo já. Por enquanto eu sinto, tu escreves.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

The Final Countdown

http://www.joseclimaco.com/ScotlandDeparture/

Que seja mentira.
E se não for, bem, diz adeus à nossa história. Sabes bem que eu tentei.

sábado, 19 de janeiro de 2013

Ascendes e rodopias.
Rodopias e ascendes.
Fazes-te noites e dias
nas sombras que denuncias,
nos relâmpagos que acendes.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Se eu pudesse, os meus lábios não voltariam a apartar-se dos teus.

Quando eu finalmente consegui por-me de pé outra vez, tu voltaste a despedaçar-me.

Acho que tens medo que eu te convença.

Vais mesmo pagar a felicidade de outra pessoa com a nossa?

Não me sinto, porra! Estou gelada e arrepiada até aos ossos. Não consigo acreditar que tudo isto tenha acontecido outra vez, não aceito.

Não. Passei perto da tua casa, queria saber se estavas por lá, só isso. Eu não jogo contigo.

A história do pintor e da rapariga de cabelos negros, não era outra senão a nossa.

Estou chateada, tu mexes comigo e não percebo se tu nem tens noção disso ou se fazes de propósito. De qualquer das formas, incomoda-me e eu não quero continuar assim.

Não tenciono falar-te nem sequer olhar para ti. Tu assim o quiseste.

Quando sentires a minha falta, vem tu procurar-me por favor, eu vou gostar.

Se estás a ler isto quer dizer que deste comigo.

Lê(-me), se te atreveres.

Foi simples. Ela escolheu-me a mim.

E não me resta outra alternativa senão dar-te as boas-vindas, meu amor, ao meu mais intimo eu.

Para a próxima, lê(-me) ao contrário.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Mon cœur s'ouvre à ta voix
Comme s'ouvrent les fleurs
Aux baisers de l'aurore

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Não estejas à espera das minhas palavras. Mesmo que quisesse, sinto-me a congelar.
Mas o frio não vem de fora, vem de dentro.
Quando estava no teu lugar, o sangue borbulhava-me nas veias, queimava-me por dentro.
Agora sinto os ossos gelados, lentamente gelando-me a carne, eriçando-me a pele.
Estou fria. Acho que sou fria. Como a superfície terrestre, acho que arrefeci com o tempo.
Se calhar sou antes como a lua. Ou melhor, o lado escuro da lua, que é ainda mais frio porque nunca viu a luz do sol.
Sabes porque é que a lua tem tantos buracos? Porque atrai os meteoros que se dirigem em direcção à terra. Não é triste?
E eu também tenho buracos e sou fria. Como a lua.
E tu, aluada lunática, não és a terra, nem o sol, nem sequer os meteoros.
És um imenso buraco negro do qual nada, nem mesmo objectos que se movem à velocidade da luz, podem escapar.
Mas até mesmo a esburacada lua tem o seu lado brilhante que por mais que queiras, eu não te vou deixar roubar.

domingo, 13 de janeiro de 2013

If you wanna play it like a game
Well come on, come on let's play
'Cause I'd rather waste my life forgetting you 
Than have to pretend for one whole minute

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Light up, light up
As if you have a choice
Even if you cannot hear my voice
I'll be right beside you dear

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Because when love is gone, there's always justice
And when justice is gone, there's always force
And when force is gone, there's always Mom