sábado, 16 de abril de 2016

Disseram-me um dia que a cada desgosto amoroso não sofremos o presente, mas sempre o primeiro.
Suponho que seja verdade.
É o meu aniversário hoje, estou sozinha, e estou triste porque não me desejas feliz aniversário (sequer).
Não sei se ainda por ai andas, talvez por aqui passes ocasionalmente quando a curiosidade de saber como estou é mais forte do que o teu orgulho (se bem que, conhecendo-te bem, não acredito que haja algo mais forte que o teu orgulho) ou simplesmente por ser um dia "especial".
Entre aspas porque não tem especialidade nenhuma. Em 1889 nasceu o Charlie Chaplin, em 1927 o Papa Bento XVI, ou o Joseph Ratzinger como eu prefiro chamá-lo, e em 1992 nasci eu. Disseram na televisão que Portugal nasceu também, mas a Internet disse que era mentira, o que é pena.
Em 2016 acontecerão muitas outras coisas, noutros sítios. Aqui nunca acontece nada porque desde que te foste embora que nunca nada acontece, ou pelo menos eu não sinto nada acontecer.
Não sei quanto tempo mais vou conseguir fingir que a vida seguiu em frente depois de ti.

sábado, 2 de abril de 2016

Deixei-te ir, de lagrimas nos olhos.
Vi o teu corpo afastar-se lentamente enquanto me olhavas e murmuravas ao fundo das escadas 'amo-te'.
Desesperadamente, corri para ti e roubei-te ainda um último beijo, depois vi-te desaparecer como uma língua de fogo.
Tinha a certeza que aquele não era o último beijo, mas receei que o próximo pudesse demorar dias, semanas. Temi o pior.
Sabes bem que ninguém consegue destruir o que temos. É forte, é tão forte, fizemo-lo assim para que conseguissemos aguentar em momentos como este. Mas também tão frágil, incapaz de suportar a dor da saudade.
Agora, ainda de lágrimas nos olhos, oiço-te, sinto-te e sei que estás aqui, mesmo sem estares.
Porque um amor tão grande não acaba com uma simples tempestade, nem tão pouco desvanece.
Quero-te sempre mais, não te esqueças.
E assim me despeço, até ao próximo beijo, meu amor.



Já estive aqui. Mas não nem dois meses depois.
Suponho que para ti seja mais fácil virar-me as costas e tentar repor a ordem das coisas. Afinal, eu não valho mesmo a pena. E digo-te isto sem quaisquer segundas intenções.
Nem sei se para mim vale a pena, mas prometi estar do teu lado quando este dia chegasse e, apesar de não o esperar tão cedo, vou estar do teu lado.
O dia acabou e tu não desfizeste a mentira...


Quero-te sempre mais, não te esqueças.
E assim me despeço, até ao próximo beijo, meu amor.









Desculpa Rita, espero que entendas.