segunda-feira, 3 de junho de 2013

"Os sonhos com ela são bizarros mas sinto-me mais viva do durante os apáticos penosos dias no teatro.
É longe, tão longe. Ela está tão longe. Tão longe que nem um avião contruído com a licensa serve para lá chegar.
Eu tento fazer chegar a ela os meus pensamentos quando para ambas anoitece, tal como ela invade os meus, noite após noite.
De dia, sou uma louca anestesiada que procura e encontra os seu rosto por entre a multidão. Apenas para a noite de novo me relembrar da sua indefenida ausência e da incontável distância que nos separa.
Hoje, como tantas outras vezes, é o lado esquerdo que escolho, mas as minhas mãos pedem o corpo que aqui pertence.
Naquele último abraço, deixei-a ir mais cedo do que aquilo que achei precisar.
Sabendo o que agora sei, ela ainda estaria aqui."

Escrevi isto ontem antes de saber as notícias que o dia de hoje trazia.
Paris está cada vez mais distante e eu não pareço importar-me. Temos assuntos pendentes para tratar e serão resolvidos onde as questões foram primeiramente colocadas: aos poeirentos pés do senhor Flores.

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