sábado, 27 de agosto de 2011

É estranho, sabes?
A maneira como o meu coração já bateu por muita gente depois de ti mas sem nunca acelerar o ritmo.
Tudo isto é muito estranho na verdade.
Estou exausto, estou dorido.
No entanto, como uma droga, não me consigo afastar.
Não me consigo afastar do calor e dos risos.
Do suor, da música, dos jogos.
Do fumo e do álcool.
De nada, sabes?
Como se fosse uma anestesia, basta entrar. Basta entrar que o tempo pára ali.
Isto no entanto não é novidade nenhuma.
É certo e sabido.
Fecham-se as portas, as janelas, os estores.
Perdemo-nos lá durante horas, durante dias.
Tu também te perdias lá, lembras-te?
Costumávamos perder-nos os dois, sozinhos.
Na música e um no outro, muito fácil.
Agora faz mais calor.
Sabias disso?
Faz muito calor e há sempre muito fumo e muito barulho.
Nada como antigamente, claro.
De qualquer das formas, vou continuar a perder-me por lá enquanto tu te tentas encontrar.
Onde quer que seja.

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