quarta-feira, 27 de julho de 2011

"Porque é que ela te largou?"


Não sei.
Agora que penso nisso, não sei.
Aliás, estou farto de pensar, farto de dar voltas à mioleira e não sei.
Tens razão em dizer que não percebes, aquilo que eu e tu passámos foi realmente... bom.
Único, talvez.
Mas é uma experiência que não penso voltar a repetir nunca.
Provaste uma maçã do topo da árvore sem teres que a subir.
Tiveste sorte, nada mais.
Qualquer outro dia, qualquer outro sítio, qualquer outra circunstância e nada do que aconteceu teria sido verdade.
Ainda não me decidi se me arrependo ou não.
É estranho não é?
Sei perfeitamente que também não estavas à espera.
E sei que gostaste, e por isso me perguntaste aquilo.
Agora eu, não sei.
Às vezes chego à conclusão que não sei nada sobre mim próprio, e por isso gosto tanto de estar sozinho.
Acho que me estou a descobrir.
Isso não é estranho pois não?
Quando passamos tanto tempo em casal e de repente nos vemos sozinhos apercebemo-nos que já não sabemos quem somos realmente.
Apanhaste-me desprevenido, foi só isso.
Foi uma noite, nada mais.

2 comentários:

  1. Tudo se torna fácil quando nós olhamos e nos preocupamos, de facto, em ver.

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  2. Tens razão. Talvez fosse mais fácil se eu te conhecesse realmente. Mas assim limito-me a especular.

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