sexta-feira, 29 de julho de 2011

És como um livro interminável.
Eu leio e tu continuas a escrever.
A cada novo capitulo vais-me surpreendendo.
Continuo a ler.
Todos os dias, ano após ano.
Sem nunca chegar a nenhum fim, nenhuma conclusão.
Sem nunca chegar realmente a perceber-te.
É exactamente isso que tu queres não é?
Que eu nunca te perceba.
Que ninguém nunca te perceba.
Gostas de ser um enigma.
Gostas de ser um livro que nunca ninguém leu.
Gostas, porque assim,
Se nunca niguém descobrir realmente quem és,
Nunca ninguém te vai rejeitar.
Mas eu não desisto de te ler.
Porque às vezes, nas entrelinhas
Descubro pedaços de ti que não tencionavas mostrar.
Às vezes, sem tu perceberes,
Entendo-te.
E conheço-te melhor que ninguém.

2 comentários: