segunda-feira, 25 de julho de 2011

Saí de casa impestuoso, fodido com os meus pais.
Já não aguentava nem mais um minuto daquilo, de gritos, de nomes, de acusações.
Engoli o resto da cerveja e bati com a porta.
Desci a rua e desliguei o telemóvel, não queria que ninguém me chateasse.
Voltei a ligar o telemóvel, precisava de falar com alguém, precisava de um amigo.
Não está cá ninguém, foram todos de férias, menos a Margarida mas a Margarida é tmn.
Exactamente na altura em que pensei que não tinha um único amigo com quem contar oiço um assobio.
Não me considero vaidoso, mas quando alguém assobia na rua eu olho.
Era a Marta.
Olhei em volta, já tinha andado um bocado e estava mesmo ao pé da casa dela.
Coincidência?

" - O que fazes aqui?
- Cheguei agora da faculdade, e tu?
- Discuti com os meus pais, estava a precisar de apanhar ar.
- Queres dar uma volta?
- Claro."

Há uns tempos que tenho tido várias discussões com Deus. Ele nunca me tinha feito passar por tantas provações em tão pouco tempo.
Mas o Júlio tem razão, tudo acontece por uma razão, e Deus escreve direito por linhas tortas.
Neste caso, forçou-me até eu sair de casa exactamente no momento em que encontraria a Marta na rua.
Ficamos horas a falar. De nada, de música, de teatro, as novidades.
Naquele momento, a Marta foi perfeita.

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