segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

... E se isto fosse uma daquelas comédias românticas, agora era o momento em que eu acordava de madrugada, ao lado dela, lia a tua carta, vestia as calças à pressa e corria aos tropeções até à estação, saltando por cima de carros em andamento.
Era o momento em que eu via o teu autocarro partir, roubava uma bicicleta a um velho, e não desistia até o autocarro parar e tu desceres.
No meio da auto-estrada, dizia-te o quanto te amo, o quanto não suporto perder-te nem perder o brilho que irradias cada vez que sorris e convencia-te que ele não presta e que nada disto vale a pena.
Depois, entre lágrimas, tu abrias o teu coração e contavas-me todas as tuas inseguranças e eu prometia-te que ia tudo ficar bem.
Nós abraçávamo-nos e as pessoas no autocarro batiam palmas, enquanto nós voltavamos para trás com bicicleta do velho, de mãos dadas ao nascer do sol.

Sem comentários:

Enviar um comentário