quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Se há coisas que eu não consigo evitar deitar cá pra fora o amor é definitivamente uma delas.
É a primeira vez que te escrevo e por isso peço-te paciência. É também a primeira vez que escrevo para outra pessoa que não as mesmas do costume. Por isso é mais do que certo dizer que viraste o meu mundo de pernas para o ar.
Estou a tentar arduamente controlar e racionalizar aquilo que sinto por ti. Ainda ontem não sabia que existias e hoje não penso em mais nada.
Não sei como encontraste o caminho para um coração já tão cheio de tanto amor por tanta gente, mas algures entre as minhas inseguranças e medos e o nosso amor comum por todos, os meus olhos prenderam-se nos teus como anzóis. Não sei como o fizeste, mas do pedestal de onde me julgas um bebé, fizeste-me efectivamente esquecer a minha maioridade e sentir os dezasseis nas palmas das mãos. O meu coração que ultimamente apenas acelera cinco minutos a cada três ou quatro meses não pára quieto desde que entraste na minha vida e eu simplesmente não sei responder a isto, não depois de tantos anos.
Podes entrar, se assim quiseres. Nunca fechei a porta a ninguém que quisesse entrar e não ta vou fechar a ti por quem anseio tanto. Mas peço-te paciência. Não estou pronta para te receber, da mesma maneira que não estás pronta para mim tampouco.

Tentei escrever isto como forma de catarse. No fim do texto, quero-te ainda mais do que ao escrevê-lo.
Foda-se.

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