quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Desculpa.
Não vou enumerar os motivos pelos quais peço desculpa se os meus pecados são tantos que lhes perdi a conta há muito tempo atrás.
Nunca pensei que isto fosse possível, nunca pensei ter sido eu a errar, nunca o pus em causa.
Se calhar porque na minha cabeça estava a fazer tudo para que tudo ficasse bem, ou se calhar tudo o que fiz foi para manter a minha sanidade mental que tão abruptamente escapava por entre os meus dedos.
Mas estava cega de ciúmes, sentia o sangue arder dentro das minhas veias e queria vingança sem saber que não havia nada de que me vingar ainda.
E houve gente a tentar abrir-me os olhos, os mais verdadeiros como podes imaginar, mas a única coisa que fiz foi mobilizá-los a meu favor, tal como tu disseste. Não acreditei neles, da mesma maneira que não acreditei em ti.
Já retirei tudo. Mandei toda a gente retirar tudo o que disseram e não voltar a pronunciar o teu nome sequer.
Não chega, mas é o máximo que posso fazer agora.
Não estou à espera que me perdoes, nem que me respondas, nem que dês absolutamente nenhum sinal de vida. Só queria que soubesses que percebi e que nunca, nunca estive tão arrependida de nada na minha vida. Desculpa.

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