Não te lembras, não te consegues lembrar como era antes de se
conhecerem. Algures perdido em ti próprio deambulando de nada em nada à
procura de ti mesmo.
No desnorte nervoso da juventude, esfrangalhado em
ideias e ideiais enquanto os amigos enrolavam qualquer coisa para
fumares e ficares dormente, inerte nos teus pensamentos.
Mas, depois,
pensaste conhecer o amor e a distância do mundo esbateu-se, começaste a
ser a pele, começaste a ser corpo, começaste a ser gente.
E sentias
tudo, todo o tempo. E dominavas tudo, todo o espaço. Agora pensas dizer
adeus e voltar ao princípio mas está tudo ao contrário.
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