terça-feira, 12 de julho de 2022

Por isso escrevo na esperança que ela ouça o meu pedido
De desculpas, de socorro, de abrigo, não consigo
Ver uma razão para continuar a viver sem a felicidade a meu lar
Na minha casa, doce casa, já ouviram falar?

É o refúgio de uma mulher que Deus ousou criar
Com o simples e unico propósito de me abrigar
Não vejo a hora de voltar lá p'ra dentro, faz frio cá fora
Faz tanto frio cá fora que eu já não vejo a hora

domingo, 14 de janeiro de 2018

Creio ter de vir a abdicar do meu sonho de vida brevemente.
O casamento é uma instituição em declínio, embora no que me concerne seja relativamente recente, a verdade é que é sabido que, no meu meio, o casamento é algo que apenas importava enquanto luta pela igualdade e não enquanto projecto a levar a vias de facto pessoalmente.
A pessoa com quem gostaria de me casar falou-me cerca de três vezes nos últimos 7 anos e a última foi para me mandar para o caralho. Qualquer outra pessoa com quem possa conceber fazê-lo será sempre uma segunda, terceira, quarta opção. Insatisfatória, portanto.
Da mesma forma, e por acréscimo, creio ter de desistir da ideia de ter filhos. Biológicos, então, está fora de questão por uma lista infindável de motivos que por esse exacto motivo não vou reproduzir. Resumidamente: amo demasiado os meus hipotéticos filhos para lhes dar existência. Gostaria que os meus pais me tivessem estendido a mesma gentileza. Se por um lado me assusta quebrar uma linha genealógica vertical milenar, por outro, assusta-me muito mais conceber a ideia de trazer alguém, ainda que apenas 50% semelhante a mim, a este mundo que muito pouco de bom tem a oferecer.


terça-feira, 31 de outubro de 2017

A primeira vez que comi miso foi em França, num restaurante perto de minha casa, e não sendo Bailly Almada, o único estabelecimento aberto onde por pouco mais de um euro poderia comer uma refeição quente sem ter de a cozinhar eu própria.
Algumas vidas mais tarde foi quando tu me perguntaste se eu sabia o que era e se poderia fazer para ti. Claro que respondi que sim. Por ti faria tudo, embora tu não o saibas.
Esperei pelas férias, e depois ainda pelas folgas, e fui com as minhas amigas ao mercado asiático do Martim Moniz. Tinha uma pequena ideia dos ingredientes que deveria comprar, e com a ajuda do senhor que lá estava, enchi um saco, acabando por gastar ainda além do que tinha planeado.
Nessa noite, fiz a primeira experiência para as minhas amigas. Meticulosamente, fiz uma enorme panela de sopa miso. Saiu perfeita. Perfeitamente nojenta. Tirei fotos, enviei-tas. As minhas amigas gozavam comigo por estar apaixonada por uma criança. Fiquei embaraçada, não pela tua idade, mas pela minha. Com o quão facilmente me havia apaixonado com aquela idade.
Não me lembro de quando é que isto aconteceu. A maior parte dos ingredientes que comprei ainda subsistem no frigorífico e na dispensa, embora agora pareçam já partes integrantes deles. Não verifiquei ainda os prazos de validade. Tenho medo que sejam denunciadores de há quanto tempo te amo cobardemente sem to confessar. Enquanto a tua minoridade foi desculpa, a culpa que eu sentia era menor. Agora já não há nada que me impeça de chegar a ti, ou pelo menos tentar. Excepto a minha própria cobardia.

domingo, 23 de julho de 2017

Quando a Sara veio a Portugal esforcei-me tanto para estar com ela, para a fazer feliz, para me fazer feliz a mim. Não senti nada.
Quando Portugal foi campeão europeu, não senti nada. Quando a equipa feminina de futebol do Sporting fez a dobradinha não senti nada. Quando o Salvador ganhou a Eurovisão, não senti nada. Quando conheci o Rui Patrício não senti nada. Quando ele me deu a camisola do corpo dele não senti nada. Quando a minha primeira tradução foi aceite para ser publicada não senti nada. Comprei mil laços e mil camisolas do Sporting e o traje da faculdade e mil emblemas para lá coser e um arco de violino e um arco para bordar e um cachimbo e um chapéu e uma faixa e um casaco de baseball e um Patamon e um fio de prata e fiz uma camisola para um boneco e pintei mil quadros e esculpi um gato e não senti nada. Se o Sporting ganhasse a Champions não sentiria nada. Se visse os The Killers na primeira fila não sentiria nada. Tenho medo de que se pegasse o Edgar ou a Adele ao colo agora mesmo não sentisse nada. As minhas páginas nas redes sociais estão cheias de fotos a fingir que sinto coisas.
Quando a Marta, o meu primeiro amor, desde a pré-primária, por quem eu era e ainda sou completamente apaixonada, me convida para ir beber um café ou sair, eu não quero despir o pijama, eu não quero tomar banho, eu não quero vestir-me, eu não quero escovar os dentes, eu não quero andar, eu não quero conduzir, eu não me quero mexer.
Eu não quero ir à faculdade, nunca, mesmo quando as aulas são sobre o Harry Potter ou o Rocky Horror ou o Star Wars. Eu não quero ir ensaiar, eu não quero ir aos concertos, não quero pisar um palco. Eu não quero ir trabalhar, mesmo quando dou aulas à Andreia ou ao João ou à Laura, ou a qualquer um deles.
Não quero ler o meu livro preferido nem ver o Rent, nem ler nenhum outro livro nem ver nenhum outro filme. Não quero tocar guitarra, nem baixo, nem ukulele, nem piano. Não quero ver televisão, nem o Friends, nem jogar Playstation, embora possa comprar qualquer jogo que queira. Não quero cozinhar, não quero comer nada, nem infinitas sapateiras ou choco frito ou gomas ou o que seja. Não quero ouvir o novo álbum dos The Killers. Não quero ir à Islândia, nem a Inglaterra, nem à Holanda, nem ao Japão, nem a Las Vegas, ou qualquer outro país ou cidade. Eu não quero ir a Alvalade ver o Sporting jogar. Não quero brincar com os meninos, não quero jogar à bola.
Eu não quero ver ninguém, eu não quero que ninguém me veja a mim. Eu não quero a Rita, nem a Tatiana, nem a Catarina. Eu não quero a Kika e muito menos os outros. Eu não quero ser. Eu não quero estar. Mas sou cobarde demais para tentar mudar isto, seja de que maneira for.
Não quero beber água, não quero fazer exercício, não quero comer melhor.

Não: não quero nada
Já disse que não quero nada.

Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.

(...)

Que mal fiz eu aos deuses todos?

Álvaro de Campos

Dói-me. A barriga, as costelas, o pescoço, a cabeça, o peito, as pernas, os braços, a alma, as costas, infinitamente, as costas.

Doem-me as costas de não estar deitado de lado.
Se estivesse deitado de lado doíam-me as costas de estar deitado de lado.


Álvaro de Campos

Não durmo. Não durmo. Não durmo. Isto também disse o Álvaro de Campos, mas desta vez sou eu que estou a dizer.
Só choro e não respiro. E dói. Isto soa a Álvaro de Campos.
E isto não tem, efectivamente, solução nem luz ao fundo do tunel. Que tunel? É um buraco negro.
Estou cansada de existir, e cansada demais para continuar a escrever. Ontem estive quase até às 6 da manhã a chorar e hoje adivinha-se o mesmo. Eu diria que desisto, mas isso já foi há tanto tempo que já nem me recordo.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

É muito dificil amar-te.
Conseguiste fazer-me esquecer o fantasma que me assombrava há anos. Mas a que custo? Agora és tu quem me assombra.
Deixar-te foi das coisas mais difíceis que alguma vez fiz. Não foi que eu não conseguisse suportar a dor ou a perda, a isso eu já estou mais que habituada. O dificil é dizer que não à parte de mim que ainda te quer, mesmo depois de tudo o que tu me fizeste. A parte que se justifica por ti, que me diz que eras muito nova e estavas assustada, e que se calhar agora estás diferente, e que tenta convencer a outra parte de mim a procurar-te, que quer saber se sou só eu, ou se a tua barriga também fica tonta quando te lembras daquela noite no meu carro em que me sugaste as palavras que, afinal, te assustavam tanto.
Normalmente é fácil fingir que não existes nem nunca exististe, à semelhança de Jennies e outras merdas. Não há memória tua, ninguém que te refira casualmente numa conversa. Não há qualquer rasto de que tenhas passado por mim, por esta cama, excepto o vazio que deixaste.
Se eu soubesse...

Mas sabes porque é que escrevi isto? No momento mais inconveniente de todos, ou quase. Como uma purga, uma catarse. Preciso de livrar-me do choque que o teu toque deixou no meu corpo e que ainda me percorre quando me lembro de como era sentir as tuas mãos em mim.

quarta-feira, 22 de março de 2017

Okay, tenho uma coisa que tenho de dizer (e quando temos uma coisa que temos de dizer temos de começar sempre por "Okay", não sei bem porquê).
Dirigir-me-ei directamente a ti porque: primeiro, acho que não está aqui mais ninguém; e segundo, porque a mais ninguém interessa isto que tenho de dizer (se é que a ti interessa de todo).
Isto do tempo há já muitos anos que me incomoda. Ainda era eu mais pequenina do que tu e já andava exactamente como ando agora: sem caminho, sem saber por onde ir ou para onde me virar, e dividida entre querer que o tempo passe e pare. Um paradoxo como os que te ensinei.
Isto tem tudo muita piada para mim, acredita. Roça o ridículo e, ridiculamente, é a única coisa que me acelera o coração no bom sentido. E eu não posso virar as costas a isso, pois não? Mesmo que por agora seja só platónico e mesmo que não venha nunca a ser nada, porque eu posso fartar-me (dizem que os Arianos só gostam desta parte, mas eu acho que sou especial) ou porque, na verdade, tu não queres mesmo. Independentemente, tenho de esperar. Não porque, como dizem os outros, eu "não posso" ou "não devo" ou o caralho que os foda. Tenho de esperar porque te respeito, me respeito e nos respeito, mesmo que nunca passemos disto. Porque na verdade isto que temos é muito, muito bonito. E se nunca passar disto, lembrar-me-ei sempre, e eu sei que digo isto muitas vezes, mas conheço-me bem e sei que é verdade, por isso é que o meu (nosso?) filho vai chamar-se Daniel. Poderia dar o teu nome a minha filha, e porque não? É tão bonito quanto tu. E se for nalguma coisa como tu, serei uma mãe muito orgulhosa, tal como hoje sou professora.
Enfim, ridiculo, como todas as cartas de amor são, ridículas. Um dia espero mostrar-te isto tudo, sei que te faria sorrir e talvez, se te sentisses no mood, gozar um bocadinho comigo como já fazes às vezes.
Há tempos, tinhas destruído todas as minhas esperanças quando eu quis tirar as teimas sem me denunciar. Mas hoje vi os teus olhos iluminarem-se ao ver-me, talvez tanto quanto os meus foram surpreendidos ao ver-te a ti. Confesso que me derreti só de saber que estavas perto e tudo o que não funcionava, passou a funcionar. A professora, que já tinha picado o ponto para a saída, voltou em força, para que me ouvisses por entre as paredes, ensinando apaixonadamente, como faço quando estou contigo.
Tu ensinaste-me a mim a ter paixão por isto que faço. A ser boa nisto que faço. Por ti, para ti, mas não só. Porque tu, e os outros como tu, merecem o melhor de mim. Para que consigamos extrair o melhor de vós. Para que isto tudo não seja igual daqui a 10 ou 20 anos. E se continuares do meu lado, assim ou de outro modo, poderei sempre dizer, orgulhosamente, que chegámos aqui juntas.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Não faço ideia porque é que Deus te colocou no meu caminho tão cedo. Ou de todo.
Já há muito tempo que aprendi que ele põe e tira as pessoas nas nossas vidas para que aprendamos alguma lição. A questão, a importante e incontornável questão, é que tu ainda não aprendeste lição nenhuma.
Se eu recomeço sempre do início mas com a lição aprendida, estou destinada a que o fim seja invariavelmente o mesmo. Dolorosamente invariável.
Desta vez sei que exagerei, eu sei. Mas não pude evitar, nem quando a Catarina ainda andava por aí às vezes. E se isto eventualmente correr da maneira que eu gostava que corresse, nunca me vou esquecer do dia em que chovia e te ofereceste para me levar contigo debaixo do teu guarda-chuvas mas eu mandei-te embora porque ela estava à minha espera à chuva.
Mas nada tem corrido como era suposto, nem isto hoje está a correr de maneira minimamente com sentido. Afinal, nada nisto faz sentido, não é? Eu vou continuar igual, pois não há absolutamente nada que eu possa fazer para mudar a nossa situação actual.
Entretanto, voute ensinando todas as lições que conseguir, dividida entre não querer que o tempo passe para te ter perto de mim e querer que o tempo voe para, pelo menos, tirar as teimas de vez e, se tu quiseres, ensinar-te tudo aquilo que hoje ainda não posso ensinar.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Penso em ti sempre, pelo menos uma vez por ano.
Ou todos os dias, como dizem, com razão, todos os meus amigos. Ou pelo menos assim era até aparecer a Catarina. Mas a Catarina já não está em lado nenhum onde se possa ver ou sentir ou cheirar e tarde demais assim o é.
A Mariana diz que sofremos sempre o primeiro. A mim assusta-me o quanto ainda volto a ti quando tu já me riscaste da tua vida há tantos anos.
E se por um lado me sinto bem no papel do eterno e leal apaixonado, custa-me, mais que tudo nesta vida, sentir que não tenho maneira de escapar a este destino e que a ele estou presa para sempre.
Com mil caralhos.
Houve já tempos em que me achei fora da tua prisão, mas agora, Janeiro como há todos os anos, é como se fosse ouro caído num poço, que tem valor mas ninguém se atreve a tentar pegar.
Racionalmente, não busco e expilo todas as hipóteses, mas inconscientemente procuro, virando-me e tornando selvaticamente, gritando, pedindo uma mão, uma qualquer. Apenas uma disposta a tirar-me daqui e seguir o mesmo caminho que eu quero seguir.
Quando me farto e me deixo desabafar com os poucos ouvidos que restam para verdadeiramente me escutar, recebo respostas tranquilizadoras, crentes de que o poço não é assim tão fundo e que só não salto sozinha porque não quero, mas que se realmente esperar por ajuda, ela virá. Eu não acredito. Sinceramente, não.
Quando estava contigo, custava-me tanto compreender certas coisas, como o conformismo ou o divórcio. Como se o amor não fosse tão fácil e tão acessível e tão bom. Mas não é. Porra, não é mesmo nada. É um enorme bacamarte pelo cu acima.
Hoje tenho 24 anos, duas fucking dúzias. Brevemente terei 25, um quarto de século. É ridiculo achar e sentir que a minha vida já acabou mas cada vez me convenço mais que sim. Que acabou há já quase 5 anos e que não voltará a reerguer-se de maneira nenhuma. Faça o que fizer.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Memory: sixteen years old. 
There’s this gorgeous 24-year-old woman in our neighborhood and I stare at her all the time. One day she invites me into her car. She asks me if I like to kiss boys, and I tell her I do not like that. Then she says she wants to show me something, and she leans over and kisses me so softly on the lips with her lips and then puts her tongue in my mouth. Wow. She asks me if I want to come over to her house, and then she kisses me again and tells me to relax, to feel it, to let our tongues feel it. She asks my mama if I can spend the night and my mother’s delighted that such a beautiful, successful woman has taken an interest in me. I’m scared and I can’t wait. Her apartment’s fantastic. She’s got it hooked up. It’s the seventies, the beads, the fluffy pillows, the mood lights. I decide right there that I want to be a secretary like her when I grow up. She makes a vodka for herself and then she asks what I want to drink. I say the same as she’s 36 drinking and she says she doesn’t think my mama would like me drinking vodka. I say she probably wouldn’t like me kissing girls either, and the pretty lady makes me a drink. Then she changes into this chocolate satin teddy. She’s so beautiful. I always thought bulldaggers were ugly. I say “You look great,” and she says “So do you.” I say “But I only have this white cotton bra and underpants.” Then she dresses me, slowly, in another satin teddy. It’s lavender like the first soft days of spring. The alcohol has gone to my head and I’m loose and ready. There’s a picture over her bed of a naked Black woman with a huge Afro. She gently and slowly lays me out on the bed and just our bodies rubbing makes me come. Then she does everything to me and my Coochi Snorcher that I always thought was nasty before, and wow. I’m so hot, so wild. She says, “Your vagina, untouched by man, smells so nice, so fresh, wish I could keep it that way forever.” I get crazy wild and then the phone rings and of course it’s my mama. I’m sure she knows; she catches me at everything. I’m breathing so heavy and I try to act normal when I get on the phone and she asks me, “What’s wrong with you, have you been running?” I say “No, Mama, exercising.” Then she tells the beautiful secretary to make sure I’m not around boys and the lady tells her, “Trust me, there’s no boys around here.” Afterwards the gorgeous lady teaches me everything about my Coochi Snorcher. She makes me play with myself in front of her and she teaches me all the different ways to give myself pleasure. She’s very thorough. She tells me to always know how to give myself pleasure so I’ll never need to rely on a man. In the morning I am worried that I’ve become a butch because I’m so in love with her. She laughs, but I never see her again. I realize later she was my surprising, unexpected and politically incorrect salvation. She transformed my sorry-ass Coochi Snorcher and raised it into a kind of heaven. 

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Suponho que não faças ideia do quanto queria ter-te aqui deitada no meu peito, embrulhada pelos meus braços.
Mas o peito e os braços estão lassos, e há tantas razões por que te quis longe. Esqueço-me e vou-me esquecendo porque o desejo de te ter é mais forte que tudo, embora não saiba exactamente porquê.
Se tu não me amas. Se tu não queres que eu faça parte da tua vida. Se não contas comigo. Se não te importas sequer em ver o meu filme preferido ou enviar-me uma mensagem quando sabes perfeitamente que estou à espera e estou preocupada. Se, estando comigo, estás com outros também. Se me mentes tantas vezes sem ter lei.


Catarina
me mentiu
Muitas vezes, sem ter lei,
E todas lhe perdoei
Por uma só que cumpriu.



Qualquer coisa assim, não é? Já dizia o Camões. E dizia também o Fernando, que para ti deixou de ser Nininho. Talvez devesses chamar-lhe Sr. Pessoa.



Ora a minha Vespa, que aliás será vespa mas não é minha,
(...)
A minha pequena Vespa gosta realmente de mim? Porque é que tem esse gosto estranho pelas pessoas de idade?
(...)
E, conforme prometi, vou escrever ao meu Bebezinho para lhe dizer, pelo menos, que ela é muito má, excepto numa coisa, que é na arte de fingir, em que vejo que é mestra.
(...)
Má, má, má, má, má...!!!!! Açoites é que tu precisas.
(...)
Um beijo só durando todo o tempo que ainda o mundo tem que durar, do teu, sempre e muito teu,


Fernando (Nininho)





Convenço-me, ou tento, de que não estou nem nunca estive verdadeiramente apaixonada por ti e que na verdade é tudo manha do Paco. Mas isso também não é muito melhor.